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Mulheres e Homens em sociedade

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O desaparecimento dos homens

Dario McDarby

“Não é a nossa uma era de vidas mal vividas, de homens desprovidos de qualidades? Por quê?... Porque Jesus Cristo desapareceu. Onde quer que as pessoas sejam verdadeiramente cristãs, há homens em grande número, mas em todo lugar e sempre, se o cristianismo fanar, os homens se desvirtuam. Olhemos atentamente, eles não são mais homens, mas sombras de homens. Assim, o que se ouve de todos os lados hoje? O mundo está minguando por falta de homens; as nações estão perecendo pela escassez de homens, pela raridade de homens...

“Eu acredito: não há homens onde não há caráter; não há caráter onde não há princípios, doutrinas, posições assumidas; não há posições assumidas, não há doutrina nem princípio onde não há fé religiosa e, consequentemente, nenhuma religião na sociedade. Façam o que quiser: somente de Deus podemos obter homens.” (Cardeal Louis-Edouard Pie, Bispo de Poitiers, Homilia de Natal de 1871)

Com efeito, vivemos numa época de homens frustrados. Os homens de hoje estão desprovidos de fé e razão, virtude e caráter, honra e dignidade. Os homens são vasos vazios, pois o inimigo os esvaziou da Fé católica. O progressismo cultivou homens narcisistas, moles, quando antes havia homens viris. Ele os substituiu em uma espécie curiosa, cuja voz foi reduzida a gemidos e soluços, personagem mais adequado à caricatura do que viver e lutar contra um mundo que se rende a Satanás.

A feminist rally

Acima, feministas exigem mais direitos civis; abaixo, mulheres assumem papéis litúrgicos na Igreja Católica

Women throwing their hands in the air
O heroico Bispo de Poitiers, Card. Pie, disse que temos homens não inteiramente homens, porque Jesus Cristo desapareceu. Desapareceu porque lhe foi expulso de nossa sociedade e da Igreja Conciliar, instituição perversa que reivindica a catolicidade, mas é, em vez disso, o engodo diabólico resultante dos males do Vaticano II e do ataque progressista que o precedeu.

C.S. Lewis escreveu The Abolition of Man em 1943, durante o massacre da Segunda Guerra contra a civilização ocidental. No capítulo "Homens sem coragem," ele com presciência escreveu o seguinte, ainda pertinente hoje:

“O tempo todo - tal é a tragicomédia da nossa situação - continuamos a clamar por essas mesmas qualidades as quais estamos tornando impossíveis. Dificilmente pode-se abrir um jornal sem se deparar com a declaração de que nossa civilização está precisando de mais "impulso," mais dinamismo, mais auto-sacrifício e de mais ‘criatividade.’

Numa espécie de simplificação assombrosa, removemos um órgão e exigimos que ele exerça a sua função. A sociedade gera homens desfibrados e espera deles virtudes e iniciativas. Rimos da honra e ficamos chocados ao encontrar traidores em nosso meio. Castramos e ordenamos que os castrados sejam fecundos.”

Com este texto brilhante, C.S. Lewis conheceu seu colega Card. Pie.

Em sua obra Revolução e Contra-Revolução, o Prof. Plinio de Corrêa Oliveira disse: “Em tempos de grande crise existem dois tipos de homens; aqueles que são esmagados pela crise e aqueles que se levantam para resistir à tendência dos acontecimentos e assim mudar o curso da História.”

Nossos tempos pedem homens virtuosos, homens corajosos, homens que se levantam prontos para resistir aos acontecimentos que mudam o curso da História. A Igreja precisa de homens, a Igreja Militante precisa ser revitalizada em um movimento a fim de resistir e lutar contra os inimigos no mundo. Ao invés dessa Igreja Conciliar revolucionária que promove uma igreja submissa, com homens envolvidos pela crise, homens que promovem a crise. É uma "igreja" das trevas, uma "igreja" de homens não-homens. Precisamos do exército da Igreja Militante para se levantar contra a ocupação do inimigo em nossa Igreja e sociedade.

Mas antes de retornarmos a este assunto, veremos como descemos a um estado em que os homens não são mais homens.

Feminismo vs. sociedade patriarcal

No panfleto de 1962 O que aconteceu com o pai?, o estudioso católico John O'Brien relata que o "problema" do pai e seu papel já era problemático naquela época. Nós erroneamente pensamos nos anos 50 e 60 nostalgicamente como "bons" tempos para a Igreja, a família e os homens. Isso não corresponde à verdade. Tanto a Igreja quanto a família e o próprio homem já estavam golpeados intensamente.

O'Brien escreveu: “Houve um tempo em que o pai era o reverenciado chefe da família, a quem as crianças recorriam para obter orientação em todas as decisões importantes; ele era respeitado por sua sabedoria e experiência, e amado por sua devoção à família. Nenhum evento em casa estava completo sem sua presença.” Uma posição tão assumida na ordem natural da família levou o elemento marginal do feminismo a uma fúria voraz.

Essas megeras gritavam nas ruas, afiando suas línguas e facas, e então perseguiam os homens com vingança. Elas odiavam a sociedade “patriarcal” e juraram destruí-la. Com milhões de dólares investidos em programas acadêmicos chamados “Estudos Femininos” nas faculdades e universidades do país, as feministas alcançaram o domínio. Esses “estudos” foram financiados em grande medida pela Fundação Rockefeller.

Com a ascensão do feminismo e das mulheres ao mercado de trabalho, muitas delas perderam seus instintos amorosos naturais. Consequentemente, a família caiu em desordem, a moral declinou e as taxas de natalidade despencaram.” O'Brien salienta que foi isso o que ocorreu, pois já em 1962, "o responsável pela criança, se não seu único pai, era a mãe, enquanto o pai era relegado à posição de mero ganha-pão.” Desde então, o pai deixou até mesmo de ser o ganha-pão e se tornou apenas um idiota inconsequente, como inúmeros comerciais nos lembram.

O papel do pai ridicularizado pela televisão

Já no início dos anos 1960, os comentadores observavam a infelicidade do pai. O Dr. O'Brien cita pesquisas afirmando como a cultura moderna estabeleceu a mulher como uma força poderosa de apelo sexual bem como de capacidade dinâmica, relegando o homem a uma posição ridícula como um idiota desajeitado e infeliz.

 The Dick van Dyke show

O marido idiota começa com Dick van Dyke, acima, e progride para o marido idiota de Home Improvement, abaixo

A scene from the television show 'Home Improvement'
Refletindo a visão feminista do masculino, as novelas populares da época retratavam os homens como "idiotas simplórios, facilmente enganados e bastante dispensáveis.” Nos dias felizes dos seriados de comédias televisivos no final dos anos 50 e início dos anos 60, a tendência para a estupidez começou com o personagem de Dick van Dyke, Rob Petrie, em The Dick van Dyke Show.

À medida que a sociedade continuava sua descida inexorável rumo à imundície e ao desespero, mais "pais" apareciam no horizonte televisivo. Alguns pais ainda eram retratados como adequados, The Andy Griffith Show e The Courtship of Eddie’s Father sendo dois exemplos notáveis. Mas as famílias estavam mudando significativamente com as esposas como coprovedoras, geralmente em empregos de alto poder, como Claire Huxtable em The Cosby Show, onde ela era advogada, e ele, Cliff Huxtable, um pediatra trabalhando no porão de sua casa.

O rebaixamento do pai continuou com Home Improvement, exibindo Tim Allen como um ridículo factótum que comandava um programa malsucedido de rede a cabo. Allen era salvo continuamente por sua esposa. Se não fosse ela, o programa implicaria Taylor e seus três filhos a viverem na sujeira, cheirando a odor corporal perpétuo, usando caixas de papelão como sapatos e sacos de lixo como roupas.

Em Home Improvement o verdadeiro papel da mãe como companheira do marido e "sol da família," como nos diz o Papa Pio XII, tornou-se uma caricatura. Os homens eram vistos como porcos que precisam de mulheres para limpá-los e mandar neles. Isso reforçou a visão feminizada distorcida.

Qualquer um que assista a comédias hoje poderá ver que essa tendência inicial de apresentar os homens como meninões, e tolos, continuou e vem se exacerbando sem restrições.

Não há dúvida de que a grande maioria dos homens modernos foi hermeticamente fechada na bolsa do feminismo. Quase todos eles são muito tímidos e inquietos para se libertarem e exigirem sua autoridade natural como homens e chefes de família.

Abandonando confortos e entrando na luta

Para a Igreja, homens verdadeiros são vitais para sua restauração. Infelizmente, até mesmo homens católicos tradicionais foram muito inculturados pela imundície do progressismo. Os homens se tornaram fracos e ineficazes.

Devemos lembrar as palavras de Jó, (7.i), “a vida do homem na terra é uma guerra.” Somos seduzidos pelo conforto e consumo, assediados por problemas econômicos e pelos caprichos dos anticristos na política.

A medieval depiction of mounted crusaders

Cruzados, calmos e militantes, preparados para a batalha
Em um artigo neste site, encontramos estas palavras de sabedoria:

“Esta não é a hora de abandonar o Corpo Místico de Cristo aos seus inimigos e fugir para alguma floresta solitária para evitar inconveniências pessoais. Esta é a hora de entrar na batalha com maior vigor, para reconquistar cada centímetro de solo que os inimigos tomaram e reconstruir naquele lugar a mesma instituição sagrada mais militante, pura e gloriosa do que nunca, para que a Igreja esteja pronta para enfrentar, sob a proteção de Nossa Senhora, todos os outros possíveis inimigos até o fim dos tempos.”

São Bernardo despertou os homens de seu tempo para se alistarem na Segunda Cruzada com palavras comoventes: “Todos os que me ouvem, apressem-se em acalmar a ira do Céu! Parem de implorar sua bondade com lamentações fúteis ou mortifiquem-se com disciplinas, mas tomem seus escudos invencíveis. O clamor das armas, os perigos, as dificuldades e as fadigas da guerra, essas são as penitências que Deus lhes impõe.”

Devemos prestar atenção a eles em nossa cruzada contínua para tomar a cidadela capturada e libertar a Verdade aprisionada. Nós, católicos, ainda podemos ser os grandes homens necessários para nossos tempos. Devemos ir ao mundo, em todos os domínios, para lutar pela Santa Igreja e sua dignidade. Devemos recapturar o que foi tomado, defender os agredidos e restaurar a Deus seus direitos.

Que coisa horrível seria se nós, como homens católicos, abandonássemos nossas armas e fugíssemos do campo de batalha. Então, para terminar com as palavras do heroico Card. Pie, "Que decepção para as mães perceberem que o homem que deram à luz não é um homem e nunca merecerá ser chamado de homem!" Somos homens católicos ou não somos nada.

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Postado em 30 de maio de 2025

Dario McDarby é um leigo católico que escreve para o blog
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