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Consequências do Vaticano II
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Sínodo da Amazônia – Parte III

'Eis a tua nova mãe'

Marcos Munhoz, Brasil
Uma das consequências ignoradas do Sínodo da Amazônia é que a REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazônica de Igrejas) ofereceu aos grupos Católicos um tríduo (três dias de orações) para ser cantado como se fosse o Ofício Divino. Originalmente, essas orações eram para o sucesso do Sínodo, que terminou no domingo passado, mas há sinais que me permitem supor que essas orações continuarão como um dos frutos do Sínodo.

hummes francis pachamama

Francisco e Card. Hummes diante dos ídolos da Pachamama nua em uma cerimônia no Jardim do Vaticano

É triste ver o Ofício Divino sendo substituído por um tríduo panteísta.

Vou analisar parte do seu conteúdo.

•     O texto da primeira parte a ser cantada diz: “Tudo está interconectado, como se todos fôssemos um. Tudo está interconectado nesta Casa Comum.”

Assim, de acordo com este texto, o homem está interconectado com a natureza, o sol, a lua, as árvores, os frutos da terra, os símbolos da região, etc. nossa conexão com Nosso Senhor, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14: 6), é esquecida.

•     Outra parte afirma: “Jesus oferece uma vida em abundância (cf. Jo 10: 10), uma vida cheia de Deus, uma vida de salvação que se inicia e se manifesta na vida (bios). Na Amazônia, a vida se reflete em suas culturas. É uma vida que representa a divindade e nosso relacionamento com ela.”

Qual divindade é essa e qual é a relação que devemos ter com ela? Não parece que esta oração esteja se referindo a Nosso Senhor como Deus, mas a outra divindade na Amazônia. Parece ser uma primeira referência indireta à Mãe Terra, considerada o começo de tudo nesta região.

•     Uma das orações pede: “Por nossas comunidades e lideranças: que o Sínodo nos coloque em comunhão com todos os povos da Amazônia e suas crenças, celebrações, costumes; e que inspire práticas de respeito, diálogo e responsabilidade que enriquecem nossa maneira de ser e tornam este território pastoral, te pedimos.”

repam photo

REPAM divulgou fotos de nativos envolvidos nas 'novas orações' sancionadas pelo Sínodo

A Igreja é a Comunhão dos Santos, de acordo com a expressão tradicional que encontramos nas fórmulas do Credo a partir do século 4. A participação comum nos meios de salvação, especialmente a Santa Eucaristia, é a raiz da comunhão invisível daqueles que a alcançaram (os Santos). Esta comunhão implica uma solidariedade espiritual entre os membros da Igreja como membros do mesmo Corpo e leva à sua efetiva união na caridade, formando assim "apenas um coração e uma alma." (At 4:32) Essa comunhão também leva a uma união de oração, inspirada pelo mesmo Espírito, o Espírito Santo “que penetra e une toda a Igreja.” (Santo Tomás de Aquino, De Veritate, q. 29, a. 4 c.)

De modo algum esta comunhão pretende unir Católicos que têm a verdadeira Fé às crenças, celebrações e costumes dos povos pagãos, como afirma a nova oração. Portanto, há uma flagrante contradição entre esta oração e a doutrina Católica.

•     Outra oração diz: “Uma só será a mesa, Terra-mãe será o altar. A natureza (mãe natureza) suprirá milagrosamente nossas necessidades diárias.”

Vimos nas cerimônias do Sínodo que o símbolo principal era uma mulher grávida e nua, esculpida em madeira. Essa divindade foi vista em cerimônias no Jardim do Vaticano, depois na Basílica do Vaticano após a Missa inaugural do Sínodo, bem como na “procissão” que se seguiu que foi ao Salão do Sínodo. Lá permaneceu entronizada em uma pequena canoa durante muitas sessões do Sínodo. Este ídolo foi chamado de Pachamama (Mãe Terra) pelo Papa Francisco e Yacy (Mãe Natureza) por outros.

A oração acima afirma que a Mãe Terra com a Natureza suprirá nossas necessidades diárias.

Pelo contrário, a Igreja Católica nos ensina a rezar à Maria Santíssima, Mãe de Deus, que como Rainha do Céu e da Terra é a Medianeira de todos os bens e benefícios espirituais e materiais que recebemos. Assim, o Hino no Ofício da Imaculada Conceição canta:

“Salve, ó Virgem Mãe, Senhora minha,
Estrela da Manhã, do Céu Rainha.
Cheia de graça sois; salve, luz pura,
Valei ao mundo e a toda criatura.
Para mãe o Senhor Vos destinou
Do que os mares, a Terra e Céus criou.
Preservou Ele a vossa Conceição
Da mancha que nós temos em Adão. Amém.”


pachamana traspontina

O ídolo Pachamama entronizou-se na Igreja Carmelita Santa Maria, na Traspontina, em Roma; substituindo a devoção a Nossa Senhora Estrela do Mar

star of the sea
•     No final de todas as orações, as pessoas dizem: “Amen, Axé, Awiri.”

Essas palavras têm significados diferentes. Amém na tradição Católica significa: “Que assim seja.”

No entanto, Axé é uma palavra usada no candomblé (vodu brasileiro) que se refere à força sagrada de cada um dos orixás (demônios que encarnam forças diferentes). Responder a esta palavra equivale a dizer: “A força dos orixás esteja com você.”

A palavra Awiri refere-se à cerimônia de fumar cachimbo do pajé (xamã ou feiticeiro). Segundo as crenças Indígenas, a fumaça desse cachimbo traria energias boas e curadoras para os outros. Portanto, quando os índios dizem Awiri, é equivalente a afirmar: “Desejo que você receba as energias boas e curativas da fumaça.”

•     A cerimônia termina com a aspersão da água perfumada com ervas, diferente da prática Católica estabelecida pela Igreja para que os fiéis usem Água Benta para fazer o Sinal da Cruz na entrada e saída da Igreja.

•     Na bênção final, a oração diz: “Deus da vida, Tu que nos conecta com todos os seres do universo, concede-nos a graça da harmonia e da experiência fraterna em nossa Casa Comum ... e o desejo de uma vida plena para todos os povos e para a floresta. Amen, Axé, Awiri!”

É claro neste texto que Deus não é considerado distinto do universo, mas ambos são uma realidade integrada. Em outras palavras, Deus é imanente ao universo, que é o Panteísmo.

A conclusão é que estamos diante do Panteísmo instalado dentro da Igreja Católica, e o culto oferecido à estátua da Mãe Terra ou da Mãe Natureza durante o Sínodo e nas cerimônias que o precederam só pode ser idolatria. Caso contrário, as palavras perderam o significado.

Quão longe estamos realmente daqueles tempos em que aquela multidão de Astecas se converteu no México depois que um deles - o índio Juan Diego - recebeu a visão de Nossa Senhora de Guadalupe! Todos eles abandonaram o paganismo e adotaram a Fé Católica e a Civilização Cristã.

A Igreja Progressista, que é a Igreja Conciliar, ignora o papel da Mãe de Deus, a Rainha do Céu e da Terra, e adota outra mãe, a Mãe Terra. É dessa nova mãe que seus membros esperam amor, assistência e milagres.

É como se essa Igreja do Vaticano II estivesse nos dizendo, Católicos: "Eis a tua nova mãe: Mãe Terra.”

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Postado em 30 de outubro de 2019

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