Sacos de lixo e liturgia penitencial

Uma Igreja que quer caminhar junta deve estar continuamente reconciliada. O perdão constitui a realização fundamental da Igreja porque sintetiza sua natureza e missão. Seria, no entanto, simplista pensar na Igreja apenas como administradora e dispensadora do perdão sacramental.

No final do retiro espiritual (30 de setembro - 1º de outubro) para todos os participantes da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a Liturgia Penitencial pretende orientar os trabalhos do Sínodo para o início de uma nova maneira de ser Igreja.

Na Basílica de São Pedro, a celebração penitencial, presidida pelo Papa Francisco, incluirá um tempo para ouvir três testemunhos de pessoas que sofreram o pecado: o pecado do abuso; o pecado da guerra; o pecado da indiferença ao drama presente no fenômeno crescente das migrações em todo o mundo. Posteriormente, ocorrerá a confissão de uma série de pecados. O objetivo não é denunciar o pecado dos outros, mas reconhecer-se como membro daqueles que, por omissão ou ação, se tornam causa de sofrimento e responsáveis pelo mal infligido aos inocentes e indefesos. Quem expressar o pedido de perdão o fará em nome de todos os batizados.

Em particular, confessará:

• Pecado contra a paz
• Pecado contra a criação, contra as populações indígenas, contra os migrantes
• Pecado de abuso
• Pecado contra as mulheres, a família, a juventude
• Pecado de usar a doutrina como pedras para serem atiradas
• Pecado contra a pobreza
• Pecado contra a sinodalidade / falta de escuta, comunhão e participação de todos

No final desta confissão dos pecados, o Santo Padre dirigirá, em nome de todos os fiéis, o pedido de perdão a Deus e aos irmãos e irmãs de toda a humanidade.