O Santo do Dia
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Bem-aventurado Antonio Pavoni – 9 de Abril
Seleção Biográfica:
Antônio Pavoni nasceu em 1322 em uma família nobre de Savigliano, município do Piemonte no norte da Itália. Aos 15 anos, entrou no mosteiro Dominicano de Savigliano. Em 1351, foi ordenado sacerdote e começou a combater as heresias que estavam se infiltrando na sua região.
Aos 39 anos, o Papa Urbano V o nomeou Inquisidor Geral do Piemonte, Lombardia e Gênova. Enviado para combater os hereges em Turim, ele refutou com precisão e clareza os erros Valdenses. Ele foi ameaçado por aqueles hereges, mas não os temeu.
Deus revelou a ele os planos dos hereges e o dia e a hora de sua morte. Na véspera daquele dia, ele foi ao barbeiro da cidade de Bricherasio, onde estava pregando, e disse: “Me barbeie bem, porque vou a um casamento.”
O barbeiro respondeu: “Impossível! Se houvesse algum casamento na cidade, eu certamente saberia disso, pois todas as notícias chegam à minha barbearia.”
Antônio insistiu: “Acredite, estou lhe dizendo a verdade.”
No dia seguinte, 9 de abril de 1374, depois de ter rezado a noite toda, ele celebrou a Missa, deixou a igreja e sete homens caíram sobre ele e o esfaquearam até a morte, cortando seu corpo em pedaços.
Seu corpo hoje está na igreja Dominicana de Racconigi, na província de Cuneo. A Diocese de Pinerolo, na região onde foi martirizado, celebra sua festa em 9 de abril. Muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Em 1856, Pio IX autorizou seu culto.
Comentários do Prof. Plinio:
Nesta vida, os senhores encontram vários aspectos dignos de consideração.
Primeiro, os senhores tem mais um Santo que foi um inquisidor. A Lenda Negra espalha a mentira de que a Inquisição era uma instituição intrinsecamente nefasta. No entanto, foi a Igreja que a instituiu, fez suas leis e órgãos de governo e canonizou os homens que exerceram o cargo de Inquisidor. Isso prova que a Inquisição não pode ser uma instituição intrinsecamente ruim.
Aqui temos a beatificação de um homem que foi Inquisidor durante sua vida, morreu em consequência do cumprimento de seus deveres como inquisidor e foi beatificado pelo Papa Pio IX. É outra aprovação desta instituição pela Igreja.
Segundo, os senhores veem que esse mártir assumiu uma posição contra-revolucionária. Os Valdenses eram hereges da Idade Média que seguiam as doutrinas de Pedro Valdo, de Lyon. Essas doutrinas eram muito semelhantes às doutrinas de Lutero. Ele é considerado um precursor de Lutero a tal ponto que a região de Vaux, onde Pedro Valdo pregava, estava tão corrompida doutrinariamente que as pessoas de lá aderiram ao Protestantismo em massa. Isso ocorre porque a doutrina dos Valdenses era uma forma rudimentar da doutrina Protestante.
O Bem-aventurado Pavoni lutou contra esses pré-Protestantes com tanta eficiência que os hereges decidiram matá-lo. Assim, os senhores podem ver que o ódio dos Protestantes não é apenas contra os abusos na Igreja, como alegam. Esses abusos são apenas os pretextos dos inimigos da Igreja para atacá-la. Eles querem destruir o que a Igreja tem de bom.
Se o Bem-aventurado Pavoni fosse um inquisidor corrupto, os protestantes não o teriam matado. Em vez disso, ele era um homem de extraordinária virtude e os Valdenses o atacaram precisamente porque odiavam sua virtude.
Terceiro, os senhores veem como Deus trata Seus Santos. Ele permitiu que esse homem soubesse o dia e a hora de sua morte para prepará-lo para isso. O Santo ficou tão alegre que até brincou com o barbeiro.
Uma observação curiosa é que esse dominicano, um homem religioso, costumava ir ao barbeiro. Ele não tinha um irmão leigo para fazer a barba, nem se barbear; ele foi à barbearia. Durante o barbear, ele conversou um pouco com o barbeiro, brincando sobre sua própria morte. Naturalmente, o barbeiro só entenderia mais tarde o que ele quis dizer ao falar que iria a um casamento. O Bem-aventurado Pavoni, portanto, estava tão consciente e certo de sua morte que brincou com isso.
No dia seguinte, ele celebrou uma Missa, saiu e foi morto pelos hereges. Sua alma foi para o Céu para estar com Nossa Senhora e Nosso Senhor.
Quarto, os senhores veem nesta história quão importante é a graça de uma boa morte. É uma graça que devemos pedir. A morte causa horror a muitas pessoas, mas o que deve causar horror é a morte dos ímpios, de quem não é assistido por Deus. A morte da pessoa que Deus assiste, de quem pediu a graça de uma boa morte e é consolada por Nossa Senhora e Nosso Senhor, pode ser um episódio agradável.
Isso me lembra Santa Teresa de Lisieux (Santa Terezinha do Menino Jesus), que uma noite teve uma hemoptise - uma tosse com sangue nos pulmões - que anunciou a morte que ela estava esperando. Para praticar a mortificação, ela não olhou para o lenço para ver se havia tossido sangue. De manhã, ela viu que era sangue e ficou radiante de alegria, porque era um sinal de que o Rei a levaria embora como sua esposa.
Peçamos a Nossa Senhora - nós, que provavelmente teremos que arriscar nossas vidas muitas vezes e talvez oferecê-las - para nos dar a graça de caminhar em direção à morte com a alegria que tantos santos tiveram quando a enfrentaram.
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
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Antônio Pavoni nasceu em 1322 em uma família nobre de Savigliano, município do Piemonte no norte da Itália. Aos 15 anos, entrou no mosteiro Dominicano de Savigliano. Em 1351, foi ordenado sacerdote e começou a combater as heresias que estavam se infiltrando na sua região.
Inquisidor Dominicano Antonio Pavoni, martirizado por combater a heresia Valdense
Deus revelou a ele os planos dos hereges e o dia e a hora de sua morte. Na véspera daquele dia, ele foi ao barbeiro da cidade de Bricherasio, onde estava pregando, e disse: “Me barbeie bem, porque vou a um casamento.”
O barbeiro respondeu: “Impossível! Se houvesse algum casamento na cidade, eu certamente saberia disso, pois todas as notícias chegam à minha barbearia.”
Antônio insistiu: “Acredite, estou lhe dizendo a verdade.”
No dia seguinte, 9 de abril de 1374, depois de ter rezado a noite toda, ele celebrou a Missa, deixou a igreja e sete homens caíram sobre ele e o esfaquearam até a morte, cortando seu corpo em pedaços.
Seu corpo hoje está na igreja Dominicana de Racconigi, na província de Cuneo. A Diocese de Pinerolo, na região onde foi martirizado, celebra sua festa em 9 de abril. Muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão. Em 1856, Pio IX autorizou seu culto.
Comentários do Prof. Plinio:
Nesta vida, os senhores encontram vários aspectos dignos de consideração.
Na árvore Dominicana dos Santos há muitos inquisidores, prova de que a Inquisição foi boa
Aqui temos a beatificação de um homem que foi Inquisidor durante sua vida, morreu em consequência do cumprimento de seus deveres como inquisidor e foi beatificado pelo Papa Pio IX. É outra aprovação desta instituição pela Igreja.
Segundo, os senhores veem que esse mártir assumiu uma posição contra-revolucionária. Os Valdenses eram hereges da Idade Média que seguiam as doutrinas de Pedro Valdo, de Lyon. Essas doutrinas eram muito semelhantes às doutrinas de Lutero. Ele é considerado um precursor de Lutero a tal ponto que a região de Vaux, onde Pedro Valdo pregava, estava tão corrompida doutrinariamente que as pessoas de lá aderiram ao Protestantismo em massa. Isso ocorre porque a doutrina dos Valdenses era uma forma rudimentar da doutrina Protestante.
O Bem-aventurado Pavoni lutou contra esses pré-Protestantes com tanta eficiência que os hereges decidiram matá-lo. Assim, os senhores podem ver que o ódio dos Protestantes não é apenas contra os abusos na Igreja, como alegam. Esses abusos são apenas os pretextos dos inimigos da Igreja para atacá-la. Eles querem destruir o que a Igreja tem de bom.
Se o Bem-aventurado Pavoni fosse um inquisidor corrupto, os protestantes não o teriam matado. Em vez disso, ele era um homem de extraordinária virtude e os Valdenses o atacaram precisamente porque odiavam sua virtude.
Terceiro, os senhores veem como Deus trata Seus Santos. Ele permitiu que esse homem soubesse o dia e a hora de sua morte para prepará-lo para isso. O Santo ficou tão alegre que até brincou com o barbeiro.
Uma observação curiosa é que esse dominicano, um homem religioso, costumava ir ao barbeiro. Ele não tinha um irmão leigo para fazer a barba, nem se barbear; ele foi à barbearia. Durante o barbear, ele conversou um pouco com o barbeiro, brincando sobre sua própria morte. Naturalmente, o barbeiro só entenderia mais tarde o que ele quis dizer ao falar que iria a um casamento. O Bem-aventurado Pavoni, portanto, estava tão consciente e certo de sua morte que brincou com isso.
O corpo do Bem-aventurado Antonio na igreja Dominicana de Racconigi
Quarto, os senhores veem nesta história quão importante é a graça de uma boa morte. É uma graça que devemos pedir. A morte causa horror a muitas pessoas, mas o que deve causar horror é a morte dos ímpios, de quem não é assistido por Deus. A morte da pessoa que Deus assiste, de quem pediu a graça de uma boa morte e é consolada por Nossa Senhora e Nosso Senhor, pode ser um episódio agradável.
Isso me lembra Santa Teresa de Lisieux (Santa Terezinha do Menino Jesus), que uma noite teve uma hemoptise - uma tosse com sangue nos pulmões - que anunciou a morte que ela estava esperando. Para praticar a mortificação, ela não olhou para o lenço para ver se havia tossido sangue. De manhã, ela viu que era sangue e ficou radiante de alegria, porque era um sinal de que o Rei a levaria embora como sua esposa.
Peçamos a Nossa Senhora - nós, que provavelmente teremos que arriscar nossas vidas muitas vezes e talvez oferecê-las - para nos dar a graça de caminhar em direção à morte com a alegria que tantos santos tiveram quando a enfrentaram.
Praça da cidade de Savigliano,
onde nasceu o Bem-aventurado Pavoni
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Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.