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O Santo do Dia
Santo Efrém, o Sírio - 18 de Junho
Prof. Plinio Corrêa de Oliveira
Seleção Biográfica:
Santo Efrém (306-373) nasceu em Nisibis, Mesopotâmia. Ele se tornou discípulo de São Tiago, Bispo de Nisibis, e provavelmente o acompanhou ao Concílio de Nicéia em 325. A libertação de Nisibis dos persas é atribuída às suas orações. Ele se retirou para uma caverna perto de Edessa, onde escreveu a maior parte de seus textos. Visitou São Basílio em Cesareia em 370. Efrém escreveu muitos trabalhos sobre temas dogmáticos e ascéticos. Ele também combateu fortemente os arianos e os gnósticos em numerosas obras.
Santo Efrém, o Sírio
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Ele foi um dos maiores pioneiros da Mariologia e era conhecido por sua defesa da Imaculada Conceição. Como missionário, ele queria tornar as verdades que ensinava as mais receptivas possíveis ao povo. Por esse motivo, ele compôs poemas e músicas para eles cantarem. Eles eram tão agradáveis que ele ficou conhecido como a Lira do Espírito Santo. Foi proclamado Doutor da Igreja em 1920.
Comentários do Prof. Plinio:
Não consigo imaginar nada mais belo e atraente do que Santo Efrém, com seus traços orientais característicos, sentado sobre uma pedra em um vale ondulado emoldurado por uma grande árvore e uma pequena fonte. Eu o imagino nessa posição compondo uma bela canção sobre Nossa Senhora para ser cantada com aquelas letras simples e rurais que caracterizam a música do Oriente. Ao compor o poema, ele desenvolve simultaneamente a teologia sobre Nossa Senhora.
Nas cidades e vilas da Mesopotâmia do século IV, adultos e crianças aprendiam a doutrina católica por meio dos cânticos de Santo Efrém. Eles cantavam suas canções durante o trabalho nos campos durante o dia, com a família à noite, durante as celebrações e festas, e assim por diante. Santo Efrém teve o bom espírito de inaugurar esse tipo de apostolado que respondia à necessidade legítima do povo de canções para glorificar Nossa Senhora.
Os hinos de Santo Efrém ainda estão sendo compilados hoje
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O nome que ele ganhou, a Lira do Espírito Santo, também reflete uma parte de sua alma. Os senhores podem imaginar uma lira sentada em uma mesa que começa a tocar sem que ninguém nela encoste? É o Espírito Santo quem o inspirava. Esta cena reflete uma característica da alma de Santo Efrém.
O Espírito Santo inspirou Santo Efrém a escrever as canções em homenagem a Nossa Senhora como se estivesse tocando uma lira.
O apostolado da música que Santo Efrém fez me lembra como as músicas eram muitas vezes feitas no passado para acompanhar grandes episódios da vida católica.
Por exemplo, a epopeia das Cruzadas tinha muitas canções que os cavaleiros católicos cantavam em marcha para a batalha ou na própria batalha, que os preparava para morrer por Nosso Senhor Jesus Cristo.
É bonito considerar o guerreiro preparado para dar a vida por Cristo.
É a beleza do heroísmo, a beleza da guerra por Nosso Senhor. Contemplando isso, admiramos aqueles que estão prontos para prestar a Deus a homenagem de suas vidas. Mesmo que sua morte não atinja nenhum objetivo prático, o cavaleiro católico a oferece pelo único motivo de prestar uma homenagem perfeita a Deus. Deus criou esse cavaleiro católico, e ele se oferece a Deus como um perfume precioso que emite a fragrância de seu vidro para glorificá-Lo. É a beleza do holocausto.
O Espírito Santo que inspirou Santo Efrém a compor músicas para ensinar às pessoas a boa doutrina católica talvez também inspire outros compositores a escreverem canções para preparar os católicos a lutar e agir pela glória de Deus e de Nossa Senhora nos grandes eventos previstos por Ela em Fátima.
Vamos rezar a Santo Efrém no dia de sua festa e lhe pedir que nos dê uma compreensão da Igreja Católica em toda a sua beleza e poesia, para que, mesmo que não possamos compor canções e hinos para a glória de Deus e de Nossa Senhora como ele, possamos pelo menos admirá-los e elevar nossas almas.
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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira | | A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
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