Seleção Biográfica:
Bento Biscop nasceu em 628 na nobreza da Nortúmbria. Foi criado na corte do Rei da Inglaterra tendo servido ao Rei Oswy e se destacou, principalmente no uso de armas. O Rei o escolheu como seu ajudante de campo pessoal e ele exerceu um papel importante nas campanhas de guerra deste monarca. Bento recebeu muitos prêmios e provas de estima por sua bravura no combate e fidelidade ao Rei.
São Bento Biscop ajudou a romanizar a Igreja Católica na Inglaterra
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No entanto, após uma peregrinação a Roma, Bento voltou à Inglaterra e pediu permissão para deixar a carreira militar e entrar na vida religiosa.
Ele se dedicou por vários anos ao estudo e oração com a ideia de promover na Ilha Britânica a arte religiosa romana e a liturgia do cristianismo Ocidental.
Mais tarde, entrou na Ordem de São Bento e fundou vários mosteiros, sendo o mais famoso o Mosteiro de São Pedro, em Wearmouth, em 674. Ele também assumiu o comando e reformou outros nos quais a fidelidade à regra havia diminuído.
Foi um conselheiro de confiança de São Teodoro, o Arcebispo de Canterbury, e de Santo Adriano em suas atividades na Inglaterra.
Foi São Bento Biscop quem iniciou um grande programa de arquitetura e arte, ao introduzir nos vitrais da Ilha Inglesa e pinturas nas paredes das igrejas, bem como música romana e canto sagrado. Ele enviou arquitetos e artistas da Itália para construir e decorar as igrejas, e liturgistas de Roma para treinar os monges nas práticas comuns. Para regularizar as cerimônias religiosas, ele escreveu um livro chamado On the Celebration of Feasts.
No final de sua vida, ele sofreu de uma paralisia dolorosa que o privou do uso de seus membros inferiores e testou muito sua paciência. Morreu em 690.
Comentários do Prof. Plinio:
Considerando o período histórico em que viveu São Bento Biscop, é interessante considerar sua especial missão. Ele seguiu aquela era de santos que fundaram nações. Os santos que fundaram nações foram substituídos ou sucedidos por santos que embelezaram essas nações. E ele era claramente um santo que embelezava uma nação.
São Bento introduziu vitrais e pinturas a óleo nas igrejas Inglesas - Igreja da Santa Cruz, Florença
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Ele estabeleceu os estilos religiosos romanos de arte e arquitetura na Inglaterra, enviando artistas Italianos com verdadeiro espírito católico. Mandou buscar vitrais, como também missais e livros de música.
Pôs ordem nas festas religiosas, que naquela época eram quase o único tipo de festa conhecido. Com tudo isso, ele introduziu elementos de beleza na vida religiosa.
Posteriormente, esses elementos de beleza se difundiram da esfera religiosa para a temporal. Pois, em todos os movimentos da história do cristianismo, tais ornatos começaram na vida religiosa e, depois, passaram para a esfera temporal. Por isso foi ele quem “embelezou” a Inglaterra de seu tempo.
Este santo “embelezador,” não era mole, covarde, ou sem fibras. O embelezamento que ele fez apresentava dois grandes elementos de inspiração que todos os adornos precisam:
Em primeiro lugar, eles refletem a meditação, a seriedade e a profundidade de uma alma contemplativa que realiza esta ação de embelezamento com grande profundidade de pensamento. Tal alma confere à beleza uma riqueza de conteúdo e expressão que a torna não apenas algo que agrada aos olhos e ouvidos, mas também algo que fala à mente.
Em segundo lugar, ele executou esse ato de embelezamento com algo do espírito do guerreiro que havia sido. Esses guerreiros são homens fortes e viris, homens que sabem lutar e comandar. São homens como esses que dão origem ao alvorecer da arte de uma nação.
Homens moles, fracos, temerosos diante da luta, são os que produzem as eras da decadência na arte.
Os santos que sabem meditar profundamente e também ser guerreiros - são estes que dão origem a todo o verdadeiro desenvolvimento artístico.
Esta é a lição que podemos tirar da vida de São Bento Biscop.
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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira | |
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
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