Seleção Biográfica:
Santo Isidoro nasceu em Alexandria. Quando jovem, ele deixou a cidade e se tornou um monge no Mosteiro de Lichnos, perto de Pelúsio. Ele também foi ordenado e se tornou abade do mosteiro.
Ainda temos cerca de 2.000 cartas de Santo Isidoro de Pelúsio
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Ele era muito considerado por sua devoção aos deveres religiosos e famoso por sua correspondência. Ainda existem cerca de 2.000 das 10.000 cartas que ele escreveu, cheias de exortações piedosas e instruções teológicas. Ele era um oponente vigoroso do nestorianismo e do eutiquianismo.
Este é um trecho de sua carta ao Bispo Theon:
“Somos igualmente culpados quando queremos vingar nossos danos pessoais ou quando não protestamos contra as ofensas feitas contra Deus. Quando as ofensas nos dizem respeito, devemos mostrar bondade e misericórdia, mas devemos exercer rigor quando alguém ofende a Deus. Veja como somos fracos. Somos sensíveis às ofensas a nós mesmos a ponto de não desejarmos perdoar nossos inimigos, e só temos bondade em relação aos que foram feitos a Deus.
“Moisés não agiu dessa maneira. Ele ficou indignado com os israelitas quando eles construíram o bezerro de ouro. Naquela ocasião, sua ira foi muito mais sagrada do que qualquer bondade que ele pudesse ter mostrado. Elias tomou uma posição firme contra os idólatras, João Batista contra Herodes, São Paulo contra o feiticeiro Elimas. Todos eles se vingaram das ofensas feitas a Deus. Quanto às injúrias feitas a suas próprias pessoas, eles prontamente as esqueceram.
“Mesmo que Deus seja poderoso o suficiente para fazer justiça, Ele quer que odiemos o pecado e ensinemos esse ódio. Os santos costumam ensinar esta forma de zelo como o caminho da verdadeira sabedoria.”
Comentários do Prof. Plinio:
O princípio defendido por Santo Isidoro de Pelúsio nesta carta tem várias aplicações que podemos fazer.
Moisés mostrou uma indignação justa quando os Israelitas adoraram o Bezerro de Ouro
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Quanto ao perdão das injúrias, devo estar muito atento às ofensas feitas a Deus e, portanto, também a Nossa Senhora e à Santa Igreja Católica. As ofensas à Santa Igreja não são apenas pecados contra a moral, mas também são manifestações públicas de má doutrina. Devo ser muito sensível a isso. Por outro lado, em relação às ofensas à minha própria pessoa, devo perdoar, esquecer e ser amável com meu ofensor.
Deus merece tudo. Mas uma mera criatura humana, que foi concebida em pecado, que peca e depois volta a pecar depois de ser perdoada, não merece tanto. Portanto, não devo levar as ofensas contra mim mesmo muito a sério.
Devo medir meu amor a Deus da seguinte maneira: se sou muito sensível às injúrias feitas contra mim, se facilmente dou lugar a movimentos interiores de raiva e ressentimento por causa do meu amor-próprio, então não amo a Deus.
Pelo contrário, se me mantenho calmo e compreensivo face às injúrias que me são feitas, e ao mesmo tempo não tolero o mal feito contra a Igreja, a reputação de Nossa Senhora e a honra de Nosso Senhor, isso é um sinal de que amo a Deus.
As escrituras dizem: “Porque onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração.” (Mt 6,21). Poderíamos parafrasear isso, dizendo: “Porque onde está a tua indignação, aí está também o teu coração.” Se não fico indignado quando algo ou alguém é injuriado, indico que não amo essa coisa ou pessoa. Se alguém fala contra Deus e contra a Igreja, não posso considerar isso um assunto pequeno que não me afeta. Se eu agir dessa forma, não amo a Deus.
É o que nos ensinou Santo Isidoro em sua carta. Peçamos-lhe que nos ajude a extirpar de nossas almas os resquícios do liberalismo que nos impedem de compreender e estar totalmente em consonância com este princípio.
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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira | |
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
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