Festas de Nossa Senhora
Nossa Senhora do Rosário de Pompeia - 7 de Maio
Seleção Biográfica:
Essa devoção data do ano de 1875. Naquele ano, um pecador desconsolado - um advogado chamado Bartolo Longo - caminhava pelo vale de Pompeia, perto de Nápoles, em busca de paz para sua alma angustiada.
De repente, uma voz interior disse-lhe: “Se queres encontrar a paz, difunde a devoção ao Rosário, pois este é o caminho da salvação segura.” Bartolo, tocado pela graça, resolveu então obedecer a esse conselho.
Aumentava o número de pessoas que participavam na recitação pública do Rosário por ele promovido todas as tardes, e ele foi a Nápoles para encontrar uma imagem adequada de Nossa Senhora para alimentar o entusiasmo. Lá ele providencialmente encontrou e comprou um belo quadro representando a Virgem do Rosário com São Domingos e Santa Catarina.
Ele o consagrou em uma capela naquele Vale e a devoção ao Rosário cresceu ali, bem como nas regiões vizinhas. Os milagres se multiplicaram na pequena capela e milhares de peregrinos vieram tocar e rezar diante da imagem de Nossa Senhora de Pompeia.
Com o passar dos anos, um grande santuário foi construído e o Vale foi rebatizado de Metrópole do Rosário e a invocação à Virgem como Nossa Senhora de Pompeia se disseminou pelo mundo.
Comentários do Prof. Plinio:
Uma coincidência aqui é muito bonita. Um dos esplendores e belezas de Roma é ver como o paganismo foi enterrado e conquistado pela Igreja. O antigo e muito poderoso paganismo deixou aqueles monumentos e ruínas colossais, morreu e tornou-se totalmente fossilizado. Mas ao lado dessas ruínas e às vezes até usando estruturas, a Igreja construiu monumentos católicos. O paganismo se tornou um esqueleto e a Igreja floresceu ali por 2.000 anos.
A mesma coisa aconteceu no Vale de Pompeia. Como os Srs. sabem, a cidade de Pompeia foi completamente destruída em 79 D.C., quando um vulcão próximo, no Monte Vesúvio, entrou em erupção e a enterrou sob lavas e cinzas. O local ficou famoso por suas pesquisas arqueológicas.
Então, em 1875, algo aconteceu no vale de Pompeia que deu nova fama àquele lugar ermo. Uma antiga devoção ressurgiu entre os católicos de lá com uma vida extraordinária.
Como sabem, a devoção do Rosário vem desde o tempo de S. Domingos, portanto, dos séculos 12 e 13. Essa devoção se tornou tão comum entre as pessoas que envelheceu, por assim dizer. Mas a Providência Divina operou novos milagres para lhe dar uma nova vida e despertar um novo entusiasmo por ela.
Um famoso advogado, Bartolo Longo, estava angustiado e perambulava pelo Vale da Pompeia. Ele ouviu interiormente uma voz do Céu dizendo-lhe para divulgar o Rosário e sua angústia o deixaria. Resolveu seguir esse conselho e, a partir disso, foi construída uma grandiosa igreja que se tornou uma das mais importantes da Itália, o Pontifício Santuário da Santíssima Virgem do Rosário de Pompeia.
A Itália é um país com muitos locais importantes de piedade, mas aquela igreja se tornou uma das mais famosas. A devoção a Nossa Senhora do Rosário floresceu com extraordinário sucesso.
Aqui em São Paulo (Brasil), também temos a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que deu o nome ao bairro de Pompeia. Igrejas e santuários em toda a Europa e nas Américas tomaram este nome e difundiram a prática do Rosário, mostrando a continuidade e perpetuidade das devoções da Igreja.
Outra coisa digna de nota: uma característica da devoção ao Rosário é que os fiéis aderem a ela por uma espécie de instinto, sem saber exatamente por quê. Todo aquele que tem fé é favorável ao Rosário, todo aquele que tem bom espírito adere ao Rosário, e nenhuma argumentação é necessária para induzir os católicos a gostarem do Rosário.
Este instinto não provém da mímica ou da imitação, mas corresponde a um desígnio altíssimo da Providência, que quer que os 15 mistérios da vida de Nossa Senhora e de Nosso Senhor sejam meditados e rezados por todos os fiéis nessa sequência particular. Nossa Senhora quer esta devoção praticando essa sequência.
Os Srs. podem ver como esse instinto de piedade funciona pelo seguinte fato: Existem Rosários em forma de anéis que as pessoas colocam nos dedos. Nesse anel estão 10 engrenagens salientes e uma cruz. Essa roda é girada cinco vezes no dedo para dizer um terço do Rosário. Uma pessoa pode rezar o Rosário desta forma, um método que, creio, até tem indulgências.
Mas alguém ficaria surpreso se eu dissesse: “Vamos rezar o Rosário” e, em seguida, puxasse a roda do bolso. Ele acharia estranho; é como esse instinto funciona.
A devoção do Rosário está ligada ao uso de um objeto que Nossa Senhora nos mostrou quando nos pediu que o rezássemos em várias aparições: Ela pediu a São Domingos, Santa Bernadete, aos três pastorzinhos de Fátima e muitos outros que usassem um Rosário semelhante ao dela, isto é, um longo, quando rezamos. E embora a Santa Sé tenha concedido indulgências para o uso daquela pequena roda, o objeto providencial ao qual a devoção do Rosário está ligada e é preferida por este instinto é a corrente de 50 contas para as Ave-Marias intercaladas com cinco contas para os Pais-Nossos e precedidas por outras cinco - uma para o Credo, três para as primeiras Ave-Marias e uma para o Glória. No início desta série de contas está pendurada uma cruz.
Em um sentido oposto, os Srs. podem ver a guerra que os maus travam contra o Rosário. Muitas ordens religiosas costumavam ter um Rosário pendurado no cíngulo de seus hábitos. Com o Concílio Vaticano II, os hábitos desapareceram - e os Rosários junto com eles. O católico progressista que odeia o hábito também odeia o Rosário; quem odeia o Rosário odeia Nossa Senhora, e quem odeia Nossa Senhora é filho das trevas. É assim que funciona o instinto oposto.
Os Srs. veem que este instinto de piedade católica discerne sutilezas e delicadezas de sentimento nessas devoções, que estão ligadas ao próprio objeto concreto e podem trazer uma bênção.
Durante uma doença em que tive que ficar na cama em minha casa, uma pessoa com mau humor veio me visitar e viu alguns dos Srs., jovens, rezando o Rosário no hall de entrada. Ela fez o seguinte comentário: “Esses jovens são muito dedicados e amáveis, mas ficam parados naquela sala rezando aqueles grandes Rosários de um metro ...” Veja a irritação dessa pessoa pelo Rosário. Era tanta que ela ficou com raiva do Rosário grande. Essa pessoa teria ficado menos agastada com aqueles rapazes se eles estivessem usando mini-rosários.
Já vi Rosários muito pequenos, mas não gosto muito deles.
Alguém poderia perguntar: “Então, há uma importância no tamanho?” Eu respondo: “Sim, meu caro amigo, existe.” Por mais que as pessoas de mau espírito fiquem irritadas com o Rosário grande, devemos nos alegrar com esses Rosários grandes e usá-los sempre que possível.
Aqui ressaltamos que nem a forma de um objeto de piedade é indiferente nem seu tamanho. Eles têm uma certa relação com os desígnios da Divina Providência; portanto, o bom espírito de um homem o leva a querer que esses objetos sejam assim.
Coisas de piedade são assim. Mesmo um pequeno fragmento dele é importante. É como um organismo vivo. Se eu dissesse a uma pessoa: “Venha aqui e dê o seu dedo para que eu possa cortar só um pequeno fragmento dele,” ela saltaria para trás e diria: “O quê! Cortar um fragmento do meu dedo?!”
Por que essa reação? É porque, uma vez que o dedo é um organismo vivo, mesmo um pequeno fragmento dele tem uma grande importância.
Assim é com um pequeno fragmento da devoção de Nossa Senhora. É imensamente precioso para nós, que vivemos de sua misericórdia e esperamos que nossa salvação eterna venha dela.
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
Essa devoção data do ano de 1875. Naquele ano, um pecador desconsolado - um advogado chamado Bartolo Longo - caminhava pelo vale de Pompeia, perto de Nápoles, em busca de paz para sua alma angustiada.
A imagem de Nossa Senhora de Pompeia
com São Domingos e Santa Catalina
Aumentava o número de pessoas que participavam na recitação pública do Rosário por ele promovido todas as tardes, e ele foi a Nápoles para encontrar uma imagem adequada de Nossa Senhora para alimentar o entusiasmo. Lá ele providencialmente encontrou e comprou um belo quadro representando a Virgem do Rosário com São Domingos e Santa Catarina.
Ele o consagrou em uma capela naquele Vale e a devoção ao Rosário cresceu ali, bem como nas regiões vizinhas. Os milagres se multiplicaram na pequena capela e milhares de peregrinos vieram tocar e rezar diante da imagem de Nossa Senhora de Pompeia.
Com o passar dos anos, um grande santuário foi construído e o Vale foi rebatizado de Metrópole do Rosário e a invocação à Virgem como Nossa Senhora de Pompeia se disseminou pelo mundo.
Comentários do Prof. Plinio:
Uma coincidência aqui é muito bonita. Um dos esplendores e belezas de Roma é ver como o paganismo foi enterrado e conquistado pela Igreja. O antigo e muito poderoso paganismo deixou aqueles monumentos e ruínas colossais, morreu e tornou-se totalmente fossilizado. Mas ao lado dessas ruínas e às vezes até usando estruturas, a Igreja construiu monumentos católicos. O paganismo se tornou um esqueleto e a Igreja floresceu ali por 2.000 anos.
O Santuário Pontifício de Nossa Senhora de Pompeia
Então, em 1875, algo aconteceu no vale de Pompeia que deu nova fama àquele lugar ermo. Uma antiga devoção ressurgiu entre os católicos de lá com uma vida extraordinária.
Como sabem, a devoção do Rosário vem desde o tempo de S. Domingos, portanto, dos séculos 12 e 13. Essa devoção se tornou tão comum entre as pessoas que envelheceu, por assim dizer. Mas a Providência Divina operou novos milagres para lhe dar uma nova vida e despertar um novo entusiasmo por ela.
Um famoso advogado, Bartolo Longo, estava angustiado e perambulava pelo Vale da Pompeia. Ele ouviu interiormente uma voz do Céu dizendo-lhe para divulgar o Rosário e sua angústia o deixaria. Resolveu seguir esse conselho e, a partir disso, foi construída uma grandiosa igreja que se tornou uma das mais importantes da Itália, o Pontifício Santuário da Santíssima Virgem do Rosário de Pompeia.
Bartolo Longo
Aqui em São Paulo (Brasil), também temos a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, que deu o nome ao bairro de Pompeia. Igrejas e santuários em toda a Europa e nas Américas tomaram este nome e difundiram a prática do Rosário, mostrando a continuidade e perpetuidade das devoções da Igreja.
Outra coisa digna de nota: uma característica da devoção ao Rosário é que os fiéis aderem a ela por uma espécie de instinto, sem saber exatamente por quê. Todo aquele que tem fé é favorável ao Rosário, todo aquele que tem bom espírito adere ao Rosário, e nenhuma argumentação é necessária para induzir os católicos a gostarem do Rosário.
Este instinto não provém da mímica ou da imitação, mas corresponde a um desígnio altíssimo da Providência, que quer que os 15 mistérios da vida de Nossa Senhora e de Nosso Senhor sejam meditados e rezados por todos os fiéis nessa sequência particular. Nossa Senhora quer esta devoção praticando essa sequência.
Os Srs. podem ver como esse instinto de piedade funciona pelo seguinte fato: Existem Rosários em forma de anéis que as pessoas colocam nos dedos. Nesse anel estão 10 engrenagens salientes e uma cruz. Essa roda é girada cinco vezes no dedo para dizer um terço do Rosário. Uma pessoa pode rezar o Rosário desta forma, um método que, creio, até tem indulgências.
Mas alguém ficaria surpreso se eu dissesse: “Vamos rezar o Rosário” e, em seguida, puxasse a roda do bolso. Ele acharia estranho; é como esse instinto funciona.
Nas aparições, Nossa Senhora mostra grandes Rosários,
nem um Rosário de dedo ou um pequeno, abaixo
Em um sentido oposto, os Srs. podem ver a guerra que os maus travam contra o Rosário. Muitas ordens religiosas costumavam ter um Rosário pendurado no cíngulo de seus hábitos. Com o Concílio Vaticano II, os hábitos desapareceram - e os Rosários junto com eles. O católico progressista que odeia o hábito também odeia o Rosário; quem odeia o Rosário odeia Nossa Senhora, e quem odeia Nossa Senhora é filho das trevas. É assim que funciona o instinto oposto.
Os Srs. veem que este instinto de piedade católica discerne sutilezas e delicadezas de sentimento nessas devoções, que estão ligadas ao próprio objeto concreto e podem trazer uma bênção.
Durante uma doença em que tive que ficar na cama em minha casa, uma pessoa com mau humor veio me visitar e viu alguns dos Srs., jovens, rezando o Rosário no hall de entrada. Ela fez o seguinte comentário: “Esses jovens são muito dedicados e amáveis, mas ficam parados naquela sala rezando aqueles grandes Rosários de um metro ...” Veja a irritação dessa pessoa pelo Rosário. Era tanta que ela ficou com raiva do Rosário grande. Essa pessoa teria ficado menos agastada com aqueles rapazes se eles estivessem usando mini-rosários.
Já vi Rosários muito pequenos, mas não gosto muito deles.
Alguém poderia perguntar: “Então, há uma importância no tamanho?” Eu respondo: “Sim, meu caro amigo, existe.” Por mais que as pessoas de mau espírito fiquem irritadas com o Rosário grande, devemos nos alegrar com esses Rosários grandes e usá-los sempre que possível.
Aqui ressaltamos que nem a forma de um objeto de piedade é indiferente nem seu tamanho. Eles têm uma certa relação com os desígnios da Divina Providência; portanto, o bom espírito de um homem o leva a querer que esses objetos sejam assim.
Coisas de piedade são assim. Mesmo um pequeno fragmento dele é importante. É como um organismo vivo. Se eu dissesse a uma pessoa: “Venha aqui e dê o seu dedo para que eu possa cortar só um pequeno fragmento dele,” ela saltaria para trás e diria: “O quê! Cortar um fragmento do meu dedo?!”
Por que essa reação? É porque, uma vez que o dedo é um organismo vivo, mesmo um pequeno fragmento dele tem uma grande importância.
Assim é com um pequeno fragmento da devoção de Nossa Senhora. É imensamente precioso para nós, que vivemos de sua misericórdia e esperamos que nossa salvação eterna venha dela.
|
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.