O Santo do Dia
São Sisto II, Papa - 6 de Agosto
Seleção Biográfica:
Hoje saudamos o nobre Pontífice que foi o primeiro dos Papas a entrar na arena que Valeriano abriu para os soldados de Cristo. Estamos no ano 258. O Imperador acaba de proibir todas as reuniões da religião cristã.
Pela primeira vez, a Igreja foi atacada como associação civil. Por decreto imperial, suas reuniões foram consideradas ilícitas e se tornaram uma ofensa implacável contra o Direito Romano. Os locais de encontro dentro das cidades, que eram as igrejas propriamente ditas, e os cemitérios fora das cidades foram confiscados pelo Império.
Diante dessas interdições, qual foi a atitude do chefe da Igreja? Suprimir suas reuniões seria colocar em risco a própria vida da Igreja! Então, o Papa Sisto II decidiu que a Igreja continuaria a realizar suas reuniões. Ele disse aos fiéis que se reunissem como de costume nos cemitérios fora de Roma.
Foi na cripta do cemitério de São Calixto que, em 6 de agosto de 258, soldados romanos o atacaram enquanto celebrava o sacrifício da Missa entre os fiéis. Os católicos presentes tentaram protegê-lo, mas os soldados o mataram imediatamente junto com os quatro diáconos que o ajudavam.
Dois outros diáconos - Felicíssimo e Agapito - foram vítimas da mesma agressão violenta e foram sepultados no Cemitério de Pretestatus. O sétimo Diácono, Lourenço, foi assassinado alguns dias depois.
São Sisto foi sepultado no local de seu martírio. A cripta ficou conhecida como a "Cripta dos Papas", um dos lugares mais sagrados da Cidade Eterna. Tornou-se talvez o túmulo mais popular dos Papas mártires.
O culto ao Papa São Sisto II começou no mesmo dia de sua morte. Antigamente, em Roma, havia dois costumes praticados neste dia: um era visitar o cemitério de São Calixto, onde o Papa e seus quatro diáconos repousavam; a outra era ir ao cemitério de Pretestatus, onde os outros diáconos foram sepultados. (Dom Guéranger, O Ano Litúrgico)
Comentários do Prof. Plinio:
Se São Sisto II tivesse obedecido ao decreto imperial, a própria vida da Igreja estaria comprometida porque os católicos não poderiam mais se reunir. Devemos salientar que os padres ainda podiam batizar os fiéis e oferecer os outros sacramentos, desde que não se reunissem. Apenas as reuniões foram proibidas. Não havia, portanto, uma proibição do culto, esta primeira medida foi apenas uma proibição de reuniões.
Um Papa sem zelo poderia dizer: “Olha, nós compartilhamos um ponto comum com este Imperador. Ele vai permitir o culto, mas apenas para os indivíduos, e dentro de cada casa. Não precisamos derramar torrentes de sangue apenas para realizar nossas reuniões. Podemos fazer arranjos para que os padres ensinem o catecismo e administrem os sacramentos em cada casa, e depois ir embora silenciosamente. Se temos os padres e os fiéis, temos tudo de que precisamos. Por que fazer reuniões? Vamos terminar com elas.”
A perseguição que se desenrolou foi contra as reuniões. Foi este decreto que São Sisto II resolveu se opor. Ele foi um Papa verdadeiramente santo - não um Papa ecumênico - que resolveu resistir e calmamente passou a celebrar a Missa em um lugar proibido.
Podemos imaginar uma Missa celebrada por um Papa santo com vários diáconos que também eram santos. Não é uma cena comum para nós...
De repente, entram os soldados enviados pelo Imperador Romano. O povo tenta proteger o celebrante. Ele morre vítima no próprio altar em que se preparava para imolar a Vítima Divina. É realmente algo belo! É uma cena que desperta o nosso entusiasmo!
Um dos diáconos foi o famoso São Lourenço, que foi martirizado em uma grelha.
São Sisto foi sepultado no local de seu martírio. Isso também é muito bonito.
Um progressista diria: "Veja o que a imprudência deste Papa causou! Ele e seus diáconos foram mortos como fruto de sua imprudência. Não seria melhor fazer uma aproximação ecumênica?"
São Sisto está no lugar mais alto do Céu, rezando por nós. Ele engajou a Igreja no caminho da resistência e do martírio. Eu lhe pergunto: o que seria a Igreja se não tivesse essa avalanche de mártires que admiramos?
Então, esse não era o verdadeiro caminho? Sim, claro que foi. São Sisto foi inspirado pelo Espírito Santo para abrir esse caminho, que a longo prazo daria à Igreja milhares de mártires, estabeleceria nossa santa fé como a verdadeira fé e converteria o Império Romano.
Isso levanta a questão: o caminho da resistência e do martírio não será o nosso caminho em determinadas circunstâncias?
Os senhores estão vendo que estamos sendo preparados para entrar na “era de Judas.” Nosso dever será, com a graça de Nossa Senhora, percorrer o caminho da resistência e até do possível martírio, e dizer: "Não, não, mil vezes não!"
Que Nossa Senhora nos dê forças para nos mantermos firmes nesta posição até o fim. Não podemos desejar nada melhor do que isso em nossas vidas. Então, no momento da morte, poderemos parafrasear as palavras de Jó: "Bendito seja o dia que me viu nascer; benditas sejam as estrelas que me viram pequenino; bendito seja o momento que minha mãe disse: nasceu um varão." Porque viver de verdade é assim!
Que Nossa Senhora nos ajude a cumprir este dever. Lembremo-nos de que a intenção específica de nossa adoração ao Santíssimo Sacramento nas noites de sábado na Basílica Carmelita é esta: receber a graça para cumprir nosso dever, resistir ao progressismo na Igreja e até mesmo enfrentar o martírio, se necessário.
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
Hoje saudamos o nobre Pontífice que foi o primeiro dos Papas a entrar na arena que Valeriano abriu para os soldados de Cristo. Estamos no ano 258. O Imperador acaba de proibir todas as reuniões da religião cristã.
Pela primeira vez, a Igreja foi atacada como associação civil. Por decreto imperial, suas reuniões foram consideradas ilícitas e se tornaram uma ofensa implacável contra o Direito Romano. Os locais de encontro dentro das cidades, que eram as igrejas propriamente ditas, e os cemitérios fora das cidades foram confiscados pelo Império.
O Imperador Valeriano ordenou
o assassinato de São Sisto II
Foi na cripta do cemitério de São Calixto que, em 6 de agosto de 258, soldados romanos o atacaram enquanto celebrava o sacrifício da Missa entre os fiéis. Os católicos presentes tentaram protegê-lo, mas os soldados o mataram imediatamente junto com os quatro diáconos que o ajudavam.
Dois outros diáconos - Felicíssimo e Agapito - foram vítimas da mesma agressão violenta e foram sepultados no Cemitério de Pretestatus. O sétimo Diácono, Lourenço, foi assassinado alguns dias depois.
São Sisto foi sepultado no local de seu martírio. A cripta ficou conhecida como a "Cripta dos Papas", um dos lugares mais sagrados da Cidade Eterna. Tornou-se talvez o túmulo mais popular dos Papas mártires.
O culto ao Papa São Sisto II começou no mesmo dia de sua morte. Antigamente, em Roma, havia dois costumes praticados neste dia: um era visitar o cemitério de São Calixto, onde o Papa e seus quatro diáconos repousavam; a outra era ir ao cemitério de Pretestatus, onde os outros diáconos foram sepultados. (Dom Guéranger, O Ano Litúrgico)
Comentários do Prof. Plinio:
Se São Sisto II tivesse obedecido ao decreto imperial, a própria vida da Igreja estaria comprometida porque os católicos não poderiam mais se reunir. Devemos salientar que os padres ainda podiam batizar os fiéis e oferecer os outros sacramentos, desde que não se reunissem. Apenas as reuniões foram proibidas. Não havia, portanto, uma proibição do culto, esta primeira medida foi apenas uma proibição de reuniões.
Um Papa sem zelo poderia dizer: “Olha, nós compartilhamos um ponto comum com este Imperador. Ele vai permitir o culto, mas apenas para os indivíduos, e dentro de cada casa. Não precisamos derramar torrentes de sangue apenas para realizar nossas reuniões. Podemos fazer arranjos para que os padres ensinem o catecismo e administrem os sacramentos em cada casa, e depois ir embora silenciosamente. Se temos os padres e os fiéis, temos tudo de que precisamos. Por que fazer reuniões? Vamos terminar com elas.”
São Sisto II não foi um Papa ecumênico
Podemos imaginar uma Missa celebrada por um Papa santo com vários diáconos que também eram santos. Não é uma cena comum para nós...
De repente, entram os soldados enviados pelo Imperador Romano. O povo tenta proteger o celebrante. Ele morre vítima no próprio altar em que se preparava para imolar a Vítima Divina. É realmente algo belo! É uma cena que desperta o nosso entusiasmo!
Um dos diáconos foi o famoso São Lourenço, que foi martirizado em uma grelha.
São Sisto foi sepultado no local de seu martírio. Isso também é muito bonito.
Um progressista diria: "Veja o que a imprudência deste Papa causou! Ele e seus diáconos foram mortos como fruto de sua imprudência. Não seria melhor fazer uma aproximação ecumênica?"
São Sisto está no lugar mais alto do Céu, rezando por nós. Ele engajou a Igreja no caminho da resistência e do martírio. Eu lhe pergunto: o que seria a Igreja se não tivesse essa avalanche de mártires que admiramos?
Então, esse não era o verdadeiro caminho? Sim, claro que foi. São Sisto foi inspirado pelo Espírito Santo para abrir esse caminho, que a longo prazo daria à Igreja milhares de mártires, estabeleceria nossa santa fé como a verdadeira fé e converteria o Império Romano.
O martírio dos diáconos Felicissimo e Agapito
Os senhores estão vendo que estamos sendo preparados para entrar na “era de Judas.” Nosso dever será, com a graça de Nossa Senhora, percorrer o caminho da resistência e até do possível martírio, e dizer: "Não, não, mil vezes não!"
Que Nossa Senhora nos dê forças para nos mantermos firmes nesta posição até o fim. Não podemos desejar nada melhor do que isso em nossas vidas. Então, no momento da morte, poderemos parafrasear as palavras de Jó: "Bendito seja o dia que me viu nascer; benditas sejam as estrelas que me viram pequenino; bendito seja o momento que minha mãe disse: nasceu um varão." Porque viver de verdade é assim!
Que Nossa Senhora nos ajude a cumprir este dever. Lembremo-nos de que a intenção específica de nossa adoração ao Santíssimo Sacramento nas noites de sábado na Basílica Carmelita é esta: receber a graça para cumprir nosso dever, resistir ao progressismo na Igreja e até mesmo enfrentar o martírio, se necessário.
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Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.