O Santo do Dia
Sexta Aparição de Fátima - 13 de Outubro
Comentários do Prof. Plinio:
Existem alguns temas tão familiares para nós e tão caros ao nosso coração que às vezes não pensamos em fazer novos comentários sobre eles, visto que já falamos sobre eles tantas vezes. No entanto, seria um absurdo passar o 13 de outubro sem chamar a atenção para o assunto de Fátima.
Desta vez, não irei abordar a Mensagem de Fátima em si, mas comentar sobre a atitude do mundo perante essa Mensagem.
Como Nossa Senhora comprovou sua Mensagem
Para entender esta atitude, vejamos como Nossa Senhora comprovou sua Mensagem.
Ela o fez de duas maneiras: Primeiro, dando aos pastorinhos não escolarizados a missão de divulgar sua Mensagem; segundo, operando um grande milagre diante da multidão reunida em Fátima em 13 de outubro de 1917.
Primeiro, se ela confidenciou aquela Mensagem a crianças que por si mesmas eram incapazes de entender o que Ela dizia; eles simplesmente repetiram o que ela lhes disse, e seus relatos fizeram sentido. Sabemos quão ignorantes poderiam ser essas crianças pelas serras de Portugal - ou de qualquer outro sítio rústico do mundo.
Eles eram tão ignorantes que não sabiam o que era um Papa. Quando diziam que tinham de enviar esta ou aquela mensagem ao Papa, uma das crianças perguntou: “O que é um Papa?” Essa criança não sabia. Mas elas podiam repetir muito bem as palavras que a Senhora lhes disse.
Elas disseram coisas que faziam sentido - mensagens longas e complexas - e quando estavam sob pressão, não se contradiziam. Mesmo quando sofreram um inquérito policial brutal, todos deram a mesma versão da mensagem consistente, não importa o quê.
Em segundo lugar, Nossa Senhora fez milagres que provaram àquela multidão reunida lá no dia 13 de outubro - mesmo a pessoas que viviam longe de Fátima e não sabiam das aparições - que algo sobrenatural havia acontecido em Fátima. Por exemplo, quando o sol começou a "dançar" em Fátima, várias pessoas - algumas incrédulas, outras apenas jornalistas presentes para relatar a história - testemunharam o fenômeno e testemunharam o que viram acontecer. Em suma, havia documentos indiscutíveis que provavam que o milagre aconteceu.
O argumento omitido
Pois bem, o que chama a nossa atenção é a forma como o mundo recebeu essas coisas. Não estou me referindo necessariamente às pessoas incrédulas, que existiram então e sempre existirão. É claro que elas demonstraram grande malícia ao negar esses fatos impressionantes. Aqui, no entanto, me refiro a outra perspectiva.
Nos muitos livros que li sobre Fátima, não me lembro de ter lido nenhum autor que tenha feito este comentário em particular: ou seja, referindo-se apenas à Mensagem em si - apenas ao seu conteúdo - e removendo-a de tudo o que a rodeia, havia todos razão para admitir que era verdade.
Teologicamente falando, algo como Fátima tinha que ocorrer. O mundo já estava imerso em pecados graves. Qualquer um que conhecesse um pouco de Catecismo e algo de moral poderia perceber que o mundo estava em um processo de pecado tão dinâmico que ele poderia prever com segurança quando esse processo terminaria.
Era certo de que os pecados cometidos atingiriam um ápice, que clamaria ao Céu por um castigo, que também seria um ápice. Era certo - bastava pensar um pouco para ter essa certeza - que se o mundo não se convertesse, um castigo seria imperativo.
Visto que normalmente o próprio pecado é o castigo para o pecador, e dado que o comunismo é o refinamento final do pecado, seria normal que o comunismo fosse o flagelo universal que puniria a humanidade.
Com um pouco de conhecimento dos princípios da Teologia da História vemos esta coisa maravilhosa: a Mensagem que aquelas crianças transmitiram foi uma Mensagem que se harmonizou perfeitamente com o que tinha que pensar um homem de Fé e um analista atento dos acontecimentos da época.
NNão me lembro de ter lido esse argumento extremamente claro em nenhum livro.
Pergunta: o Senhor poderia repetir o argumento?
Vou usar uma linguagem técnica. A Mensagem de Fátima tem provas intrínsecas e extrínsecas. A conjugação desses dois tipos de provas atesta sua veracidade.
As provas extrínsecas da Mensagem são coisas que não pertencem propriamente às palavras da Mensagem, mas sim ao ambiente que a rodeia.
Elas incluem, por exemplo, a ignorância dos pastorinhos; o fato de que nenhuma contradição pode ser encontrada na narração dos três; o fato de que, mesmo sob ameaça de morte, ninguém negasse a Mensagem; o fato de Jacinta ter previsto a sua morte exatamente como ocorreu.
Estas são circunstâncias extrínsecas que provam a autenticidade da Mensagem; isto é, elas não estão no próprio texto da Mensagem. Outro argumento extrínseco que prova sua veracidade são os milagres, sendo o principal deles - o Milagre do Sol - testemunhado por uma grande multidão.
Uma prova intrínseca é o conteúdo da Mensagem, o significado de seu texto. Não são mais as circunstâncias que cercam a revelação e o que a seguiu, mas a própria Mensagem.
Se analisarmos o conteúdo da Mensagem, veremos o que aquelas crianças transmitiram como vindo de Nossa Senhora foi exatamente o que um homem de Fé dotado de uma compreensão profunda dos acontecimentos deve pensar. Hoje, sabendo como fazemos o desenvolvimento da História como era naquela época, podemos ver por que e como as coisas aconteceram da forma como a Mensagem descreveu; as crianças, porém, não tiveram a capacidade de conhecer esse desenvolvimento ou de inventar algo parecido com o que aconteceu.
Então, podemos ver que aquelas crianças transmitiram uma comunicação que era sábia em si mesma, verdadeira em si mesma. Tinha tanta sabedoria e tanta riqueza de conteúdo que ultrapassava sua capacidade de fazer uma análise teológica do que estava acontecendo no mundo ao seu redor. Em outras palavras, a Mensagem é intrinsecamente verdadeira.
Alguém que tivesse observado o mundo daquela época sob a luz da Revolução e Contra-Revolução teria concluído que o mundo estava correndo para um grande castigo. Pelo menos, na parte mais difícil da Mensagem que é o anúncio de um castigo, a coincidência seria perfeita.
A estrutura da Mensagem
Portanto, a estrutura da Mensagem é esta: uma análise do mundo da época; um anúncio de um castigo e uma diretiva sobre como escapar do castigo. Esses são seus três elementos básicos.
Com relação à forma de escapar do castigo, a Mensagem também é muito clara, muito razoável para uma pessoa com Fé. A primeira coisa que a Mensagem pede é penitência; a segunda é a consagração a Nossa Senhora.
Quando alguém está sendo ameaçado de punição por um pecado, a maneira do pecador escapar do castigo é cessar o pecado: a pessoa deve parar de pecar. Isso é tão evidente que não precisa de qualquer demonstração. A pessoa deve corrigir sua vida, mas essa alteração por si só significa necessariamente a eliminação da punição. O que é necessário para isso é um ato de misericórdia de Deus.
O outro meio de prevenir o castigo é consagrar o mundo a Nossa Senhora. É teológico que Deus disse ao mundo: “Cesse de pecar e recorra à Minha Mãe.” E então Nossa Senhora disse: “Cesse de pecar e venha a mim para que eu possa conter o castigo.”
Como devemos recorrer a Nossa Senhora? Ela nos disse: pela consagração. Ela disse: “Unam-se a mim, consagrem-se a mim para que eu possa perdoar o pecado e impedir que o castigo venha.” Nada poderia ser mais razoável.
Não podemos imaginar que crianças ignorantes possam inventar tal coisa.
O silêncio dos comentaristas
Os comentaristas são muito silenciosos sobre a Mensagem, sobretudo a parte que fala do castigo. A humanidade tem dificuldade em reconhecer sua culpa e reconhecer que merece um castigo. A humanidade recebeu a Mensagem de Fátima com um espírito de orgulho. A Mensagem exigia dos homens um ato de humildade: “Pecamos, nos extraviamos.”
Visto que a Mensagem exigia uma emenda de vida e o abandono das vidas ímpias e imorais nas quais a humanidade havia caído, o mundo não gostou da Mensagem. Houve uma rejeição global disso.
Escalões que levaram o mundo ao pecado
A quem nos referimos aqui com a palavra mundo?
Vamos apontar para os escalões que mais particularmente levaram o mundo a pecar. Foram os intelectuais e a rica burguesia, que deram o mau exemplo de seu estilo de vida imoral e deram dinheiro para propagar o trabalho dos maus intelectuais.
Pois bem, tanto a burguesia quanto os intelectuais estão sendo castigados pelo comunismo. Eles próprios estão recebendo a punição de seus próprios pecados. Eles estão vivendo o castigo que se recusaram a ver. A grande maioria dos intelectuais tornou-se comunista e uma parte da burguesia fez o mesmo; outra parte é observar o comunismo serrando as pernas da cadeira em que estão sentados. É uma autodestruição voluntária.
Essas são abominações horríveis! Muito piores do que ficar cego, surdo, mudo ou paralítico, porque é uma cegueira de espírito, uma surdez de espírito e uma paralisia de espírito. Aqueles que foram chamados para guiar e salvar outros não guiaram e salvaram o povo, mas sim os conduziram à destruição e perdição.
Recepção morna pelos bons
Finalmente, a massa da humanidade, mesmo os fiéis, receberam a Mensagem de Fátima de forma morna. Mesmo aqueles que a aceitaram a receberam com indiferença. Podemos ver isso nas igrejas, livretos devocionais e organizações dedicadas a Fátima. Eles não se concentraram no aspecto trágico do dilema da Mensagem para nossos tempos; eles transformaram Fátima em outra devoção “piedosa” entre muitas outras.
Qual é a razão desta negação dissimulada da Mensagem? Orgulho. Eles não reconheceram que haviam pecado; não batiam no peito em contrição; eles não reconheceram que seriam castigados. O resultado é que o castigo chegou e eles não perceberam.
Foi assim que a humanidade recebeu a Mensagem de Fátima.
[Observação: esses comentários foram feitos em 12 de outubro de 1970]
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A seção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
Existem alguns temas tão familiares para nós e tão caros ao nosso coração que às vezes não pensamos em fazer novos comentários sobre eles, visto que já falamos sobre eles tantas vezes. No entanto, seria um absurdo passar o 13 de outubro sem chamar a atenção para o assunto de Fátima.
Desta vez, não irei abordar a Mensagem de Fátima em si, mas comentar sobre a atitude do mundo perante essa Mensagem.
Como Nossa Senhora comprovou sua Mensagem
Para entender esta atitude, vejamos como Nossa Senhora comprovou sua Mensagem.
Ela o fez de duas maneiras: Primeiro, dando aos pastorinhos não escolarizados a missão de divulgar sua Mensagem; segundo, operando um grande milagre diante da multidão reunida em Fátima em 13 de outubro de 1917.
Uma grande multidão testemunhou o Milagre do Sol
Eles eram tão ignorantes que não sabiam o que era um Papa. Quando diziam que tinham de enviar esta ou aquela mensagem ao Papa, uma das crianças perguntou: “O que é um Papa?” Essa criança não sabia. Mas elas podiam repetir muito bem as palavras que a Senhora lhes disse.
Elas disseram coisas que faziam sentido - mensagens longas e complexas - e quando estavam sob pressão, não se contradiziam. Mesmo quando sofreram um inquérito policial brutal, todos deram a mesma versão da mensagem consistente, não importa o quê.
Em segundo lugar, Nossa Senhora fez milagres que provaram àquela multidão reunida lá no dia 13 de outubro - mesmo a pessoas que viviam longe de Fátima e não sabiam das aparições - que algo sobrenatural havia acontecido em Fátima. Por exemplo, quando o sol começou a "dançar" em Fátima, várias pessoas - algumas incrédulas, outras apenas jornalistas presentes para relatar a história - testemunharam o fenômeno e testemunharam o que viram acontecer. Em suma, havia documentos indiscutíveis que provavam que o milagre aconteceu.
O argumento omitido
Pois bem, o que chama a nossa atenção é a forma como o mundo recebeu essas coisas. Não estou me referindo necessariamente às pessoas incrédulas, que existiram então e sempre existirão. É claro que elas demonstraram grande malícia ao negar esses fatos impressionantes. Aqui, no entanto, me refiro a outra perspectiva.
Nos muitos livros que li sobre Fátima, não me lembro de ter lido nenhum autor que tenha feito este comentário em particular: ou seja, referindo-se apenas à Mensagem em si - apenas ao seu conteúdo - e removendo-a de tudo o que a rodeia, havia todos razão para admitir que era verdade.
Dado o dinamismo de orgulho e sensualidade da época, um castigo era inevitável
Era certo de que os pecados cometidos atingiriam um ápice, que clamaria ao Céu por um castigo, que também seria um ápice. Era certo - bastava pensar um pouco para ter essa certeza - que se o mundo não se convertesse, um castigo seria imperativo.
Visto que normalmente o próprio pecado é o castigo para o pecador, e dado que o comunismo é o refinamento final do pecado, seria normal que o comunismo fosse o flagelo universal que puniria a humanidade.
Com um pouco de conhecimento dos princípios da Teologia da História vemos esta coisa maravilhosa: a Mensagem que aquelas crianças transmitiram foi uma Mensagem que se harmonizou perfeitamente com o que tinha que pensar um homem de Fé e um analista atento dos acontecimentos da época.
NNão me lembro de ter lido esse argumento extremamente claro em nenhum livro.
Pergunta: o Senhor poderia repetir o argumento?
Vou usar uma linguagem técnica. A Mensagem de Fátima tem provas intrínsecas e extrínsecas. A conjugação desses dois tipos de provas atesta sua veracidade.
As provas extrínsecas da Mensagem são coisas que não pertencem propriamente às palavras da Mensagem, mas sim ao ambiente que a rodeia.
Essas crianças simples não poderiam ter inventado uma Mensagem tão teologicamente consistente e necessária
Estas são circunstâncias extrínsecas que provam a autenticidade da Mensagem; isto é, elas não estão no próprio texto da Mensagem. Outro argumento extrínseco que prova sua veracidade são os milagres, sendo o principal deles - o Milagre do Sol - testemunhado por uma grande multidão.
Uma prova intrínseca é o conteúdo da Mensagem, o significado de seu texto. Não são mais as circunstâncias que cercam a revelação e o que a seguiu, mas a própria Mensagem.
Se analisarmos o conteúdo da Mensagem, veremos o que aquelas crianças transmitiram como vindo de Nossa Senhora foi exatamente o que um homem de Fé dotado de uma compreensão profunda dos acontecimentos deve pensar. Hoje, sabendo como fazemos o desenvolvimento da História como era naquela época, podemos ver por que e como as coisas aconteceram da forma como a Mensagem descreveu; as crianças, porém, não tiveram a capacidade de conhecer esse desenvolvimento ou de inventar algo parecido com o que aconteceu.
Então, podemos ver que aquelas crianças transmitiram uma comunicação que era sábia em si mesma, verdadeira em si mesma. Tinha tanta sabedoria e tanta riqueza de conteúdo que ultrapassava sua capacidade de fazer uma análise teológica do que estava acontecendo no mundo ao seu redor. Em outras palavras, a Mensagem é intrinsecamente verdadeira.
Alguém que tivesse observado o mundo daquela época sob a luz da Revolução e Contra-Revolução teria concluído que o mundo estava correndo para um grande castigo. Pelo menos, na parte mais difícil da Mensagem que é o anúncio de um castigo, a coincidência seria perfeita.
A estrutura da Mensagem
Portanto, a estrutura da Mensagem é esta: uma análise do mundo da época; um anúncio de um castigo e uma diretiva sobre como escapar do castigo. Esses são seus três elementos básicos.
Com relação à forma de escapar do castigo, a Mensagem também é muito clara, muito razoável para uma pessoa com Fé. A primeira coisa que a Mensagem pede é penitência; a segunda é a consagração a Nossa Senhora.
Quando alguém está sendo ameaçado de punição por um pecado, a maneira do pecador escapar do castigo é cessar o pecado: a pessoa deve parar de pecar. Isso é tão evidente que não precisa de qualquer demonstração. A pessoa deve corrigir sua vida, mas essa alteração por si só significa necessariamente a eliminação da punição. O que é necessário para isso é um ato de misericórdia de Deus.
O outro meio de prevenir o castigo é consagrar o mundo a Nossa Senhora. É teológico que Deus disse ao mundo: “Cesse de pecar e recorra à Minha Mãe.” E então Nossa Senhora disse: “Cesse de pecar e venha a mim para que eu possa conter o castigo.”
Como devemos recorrer a Nossa Senhora? Ela nos disse: pela consagração. Ela disse: “Unam-se a mim, consagrem-se a mim para que eu possa perdoar o pecado e impedir que o castigo venha.” Nada poderia ser mais razoável.
Não podemos imaginar que crianças ignorantes possam inventar tal coisa.
O silêncio dos comentaristas
A humanidade tem dificuldade em reconhecer sua culpa e reconhecer que merece um castigo
Visto que a Mensagem exigia uma emenda de vida e o abandono das vidas ímpias e imorais nas quais a humanidade havia caído, o mundo não gostou da Mensagem. Houve uma rejeição global disso.
Escalões que levaram o mundo ao pecado
A quem nos referimos aqui com a palavra mundo?
Vamos apontar para os escalões que mais particularmente levaram o mundo a pecar. Foram os intelectuais e a rica burguesia, que deram o mau exemplo de seu estilo de vida imoral e deram dinheiro para propagar o trabalho dos maus intelectuais.
Pois bem, tanto a burguesia quanto os intelectuais estão sendo castigados pelo comunismo. Eles próprios estão recebendo a punição de seus próprios pecados. Eles estão vivendo o castigo que se recusaram a ver. A grande maioria dos intelectuais tornou-se comunista e uma parte da burguesia fez o mesmo; outra parte é observar o comunismo serrando as pernas da cadeira em que estão sentados. É uma autodestruição voluntária.
Essas são abominações horríveis! Muito piores do que ficar cego, surdo, mudo ou paralítico, porque é uma cegueira de espírito, uma surdez de espírito e uma paralisia de espírito. Aqueles que foram chamados para guiar e salvar outros não guiaram e salvaram o povo, mas sim os conduziram à destruição e perdição.
Recepção morna pelos bons
Finalmente, a massa da humanidade, mesmo os fiéis, receberam a Mensagem de Fátima de forma morna. Mesmo aqueles que a aceitaram a receberam com indiferença. Podemos ver isso nas igrejas, livretos devocionais e organizações dedicadas a Fátima. Eles não se concentraram no aspecto trágico do dilema da Mensagem para nossos tempos; eles transformaram Fátima em outra devoção “piedosa” entre muitas outras.
Qual é a razão desta negação dissimulada da Mensagem? Orgulho. Eles não reconheceram que haviam pecado; não batiam no peito em contrição; eles não reconheceram que seriam castigados. O resultado é que o castigo chegou e eles não perceberam.
Foi assim que a humanidade recebeu a Mensagem de Fátima.
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Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.