O Santo do Dia
São João de Deus - 8 de Março
Comentários de Dr. Plinio:
Suas feições são comuns, regulares e não refletem nada de especial.
Ele tem uma barba curta, provavelmente aparada, cobrindo parte do rosto. O bigode, muito fino, provavelmente era costume na época em que viveu.
Os olhos são uniformes e bem definidos com alguma profundidade, mas nada de extraordinário, as sobrancelhas, testa e face são comuns; igualmente um conteúdo comum.
No entanto, quando observamos seu olhar, não há absolutamente nada de banal. O lugar-comum é completamente transcendido por esses olhos. Escuro, profundo, como se estivesse em parte pensando e em parte observando. Um olhar meio teológico e meio místico. Pensar, pensar, pensar em alguma coisa muito elevada que absorva inteiramente sua inteligência.
Ele tem uma força de alma verdadeiramente extraordinária.
Quem era este homem? Ele era São João de Deus (1495-1550, nascido em Montemor-o-Novo, Portugal; morreu em Granada, Espanha, em 1550 aos 55 anos). Foi o fundador da Ordem dos Irmãos Hospitalários de São João de Deus, instituto religioso dedicado ao cuidado dos pobres, doentes e portadores de transtornos mentais; por isso era um homem bastante conhecido em seu tempo.
O que devemos fazer quando vemos um rosto assim? Devemos compará-lo com as fisionomias que vemos nas ruas todos os dias. Ter um contentamento comum é um direito que toda pessoa tem. Ninguém deve ser considerado incapaz porque tem um conteúdo comum. Quantos rostos comuns vemos nas ruas! Não devemos desprezar ninguém por esse motivo.
Mas andando pelos lugares públicos de hoje, onde podemos encontrar uma pessoa com esse olhar?
Podemos ir aos templos do mundo capitalista moderno, que são os bancos, os jornais, os aeroportos, qualquer lugar que escolhermos... É isso que encontramos lá? Obviamente não.
No entanto, que segurança teriam os passageiros de um avião se encontrassem um piloto comandando o voo com um olhar semelhante ao que vemos aqui na pintura de São João de Deus! A obra realizada pela graça de Deus é tal que pode escolher uma pessoa comum dotada de uma grande alma e, por sua correspondência com a graça, realiza-se uma obra magnífica.
Análise feita em 17 de janeiro de 1986 durante palestra
aos membros e simpatizantes da Tradição, Família e Propriedade.
Catolicismo, fevereiro de 2000.
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
Suas feições são comuns, regulares e não refletem nada de especial.
São João de Deus (1495-1550), fundador dos Irmãos Hospitalários
Os olhos são uniformes e bem definidos com alguma profundidade, mas nada de extraordinário, as sobrancelhas, testa e face são comuns; igualmente um conteúdo comum.
No entanto, quando observamos seu olhar, não há absolutamente nada de banal. O lugar-comum é completamente transcendido por esses olhos. Escuro, profundo, como se estivesse em parte pensando e em parte observando. Um olhar meio teológico e meio místico. Pensar, pensar, pensar em alguma coisa muito elevada que absorva inteiramente sua inteligência.
Ele tem uma força de alma verdadeiramente extraordinária.
Quem era este homem? Ele era São João de Deus (1495-1550, nascido em Montemor-o-Novo, Portugal; morreu em Granada, Espanha, em 1550 aos 55 anos). Foi o fundador da Ordem dos Irmãos Hospitalários de São João de Deus, instituto religioso dedicado ao cuidado dos pobres, doentes e portadores de transtornos mentais; por isso era um homem bastante conhecido em seu tempo.
O que devemos fazer quando vemos um rosto assim? Devemos compará-lo com as fisionomias que vemos nas ruas todos os dias. Ter um contentamento comum é um direito que toda pessoa tem. Ninguém deve ser considerado incapaz porque tem um conteúdo comum. Quantos rostos comuns vemos nas ruas! Não devemos desprezar ninguém por esse motivo.
Um dos muitos hospitais fundados por São João de Deus
Podemos ir aos templos do mundo capitalista moderno, que são os bancos, os jornais, os aeroportos, qualquer lugar que escolhermos... É isso que encontramos lá? Obviamente não.
No entanto, que segurança teriam os passageiros de um avião se encontrassem um piloto comandando o voo com um olhar semelhante ao que vemos aqui na pintura de São João de Deus! A obra realizada pela graça de Deus é tal que pode escolher uma pessoa comum dotada de uma grande alma e, por sua correspondência com a graça, realiza-se uma obra magnífica.
Análise feita em 17 de janeiro de 1986 durante palestra
aos membros e simpatizantes da Tradição, Família e Propriedade.
Catolicismo, fevereiro de 2000.
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Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.