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NOTÍCIAS: 1 de dezembro de 2021 (publicada em inglês a 29 de outubro de 2021)
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Atila Sinke Guimarães
FUSÃO DE PARÓQUIAS - No início de outubro, a Arquidiocese de Cincinnati informou ao público que estava em processo de reestruturação de 70% de suas paróquias. Isso significa que as atuais 208 paróquias daquela Arquidiocese serão agrupadas e reduzidas a 60. Em novembro serão anunciadas as 60 igrejas que hospedam as paróquias fundidas e as outras 148 paróquias serão fechadas ou colocadas à venda.

Para evitar a oposição dos fiéis, que em outras dioceses apelaram aos tribunais civis para reivindicar seus direitos sobre as igrejas que pagaram com suas contribuições, a Arquidiocese inventou um truque jurídico: as paróquias fundidas serão inicialmente consideradas independentes, ou seja, cada um continuará tendo seus horários, atividades e livros financeiros próprios. Isso supostamente deterá a maré de dissidência e acostumará os fiéis aos eventuais fechamentos.

Tal procedimento jurídico está sendo testado como um modelo a ser aplicado a outras dioceses que ainda não entraram em processo de fusão / fechamento.

Acredito que tal estratagema não seja muito engenhoso e os fiéis não se deixem enganar.

Um processo antigo que continua

Este processo de fechamento de igrejas não é novo. Isso vem acontecendo há mais de 20 anos. Entre outras, as Arquidioceses de Nova York, Boston, Chicago e Detroit entraram há muito tempo neste processo. Mais de uma vez mostramos seus inconvenientes e os prejuízos que representa para a Igreja (aqui, aqui e aqui).

CHicago Catholics protest against closing churches

Católicos protestam em Chicago contra o fechamento de suas igrejas - Sun Times

Então, por que o tópico de fechamento de igrejas e fusão de paróquias está ressurgindo agora na mídia e chamando a atenção do público? É porque o número de Católicos praticantes caiu drasticamente nos últimos dois anos, o que justifica uma nova ofensiva progressista para fundir / fechar paróquias e vender igrejas.

Até 2020, vimos a erosão constante do número de Católicos que assistiam à Missa e praticavam sua Fé devido ao fracasso da "pastoral" do Vaticano II.

Na verdade, o Concílio, com sua oficial "adaptação da Igreja ao mundo moderno" feita principalmente por meio de sua Constituição Gaudium et spes, alegou que isso traria muito mais pessoas para a Igreja do que antes. No entanto, aconteceu o contrário. A Igreja pós-conciliar com suas concessões e extravagâncias não conquistou as massas.

A adaptação do clero e das ordens religiosas ao mundo moderno resultou no esvaziamento gradual das casas paroquiais, mosteiros e conventos. Os poucos candidatos atraídos por seminários e noviciados receberam aulas de Nietzsche, Freud, Darwin e Marx em suas aulas, em vez de Santo Tomás, Santo Agostinho, São Boaventura e Santo Anselmo. O resultado foi que o clero, monges e freiras, em vez de serem modelos da doutrina Católica e exemplos de bons costumes, tornaram-se os representantes mais radicais da Revolução. Como consequência, os escândalos morais dispararam nessas instituições: homossexualidade, lesbianismo e pedofilia tornaram-se suas vergonhosas marcas registradas.

Jovens doutrinariamente sadios evitavam os seminários e noviciados, e a escassez de padres e religiosos e religiosas era a consequência previsível.

A Missa, como sabemos, foi reformada para agradar aos Protestantes. Os leigos em grande parte começaram a assumir o papel do padre. Silêncio e recolhimento foram proibidos. O diálogo foi instalado como parte essencial da Missa. As mulheres entraram no presbitério e assumiram indevidamente os papéis de leitoras e acólitas. A música moderna foi introduzida na liturgia, trazendo todos os tipos de abusos.

O resultado foi que inúmeros Católicos sérios deixaram as igrejas. Esta diminuição constante em sua assistência à Missa foi relatada por todas as estatísticas.

Para resolver o problema que criou, em vez de voltar ao caminho tradicional correto, a Igreja Conciliar aplicou outro falso remédio. Começou a imitar os movimentos protestantes pentecostais e carismáticos em seus métodos e "piedade."

Catholic Charismatic movement

Acima, 'Católicos' Carismáticos recebendo o 'Espírito Santo'; abaixo, uma mulher do vodu Brasileiro - Candomblé - recebendo um orixá

Woman in transe - Candomble
Assim, vimos uma nova onda de novidades movendo a Igreja Conciliar em direção a um misticismo barato em que o "Espírito Santo" se fazia presente em cada cerimônia produzindo "conversões" em série ... Padres charlatães atraíam idiotas convencidos de que eles estavam entrando diariamente em êxtases sublimes, quando na verdade estavam vivenciando sem saber exatamente o que acontece nos rituais de vodu quando os participantes são possuídos por seus Orixás ou demônios.

O movimento Carismático "Católico" trouxe muitas "vocações" aos seminários progressistas. Outro flagelo entrou em cena. Esses movimentos geraram padres cantores e freiras dançantes em apresentações mais próprias para circos, o que aumentou ainda mais a dessacralização das cerimônias da Igreja. Às vezes, atraíam um enorme público de pessoas em busca de emoções. Esses seguidores erroneamente se autodenominam Católicos, visto que ignoram os princípios mais elementares de nossa Santa Fé.

Mesmo esse recurso à demagogia Protestante, no entanto, não parou a maré vazante na assistência à Missa.

Esse refluxo contínuo de Católicos da Igreja explica as várias ondas de fechamentos de igrejas que já vimos.

Última tentativa de matar a assistência à Missa

Para agravar a situação, um golpe quase fatal na participação dos fiéis nas cerimônias e Sacramentos da Igreja foi dado pelo Papa Francisco no ano passado sob o pretexto de evitar a Covid-19.

Assim que a epidemia se instalou na Itália, Francisco disse aos Católicos que não fossem à Missa e instruiu os padres a não lhes dar assistência religiosa. Administrar Confissão, Comunhão e Extrema-Unção àqueles em seu leito de morte foi considerado uma situação possivelmente contagiosa.

Ao contrário dos costumes anteriores da Igreja em tais emergências, Francisco aconselhou os Católicos a assistir à Missa por meio de televisões, computadores, ipads, telefones celulares ou outros dispositivos modernos. Quanto à confissão, recomendou que os fiéis se confessassem diretamente a Deus, como os Protestantes, dispensando a presença indispensável do sacerdote.

St George Catholic Church

Apenas alguns Católicos tiveram permissão para voltar à Missa; acima, Igreja Católica de São Jorge em Baton Rouge

Passada a fase mais rigorosa do pânico da Covid e reabertas as Missas, as diferentes demandas de saúde feitas pelas autoridades religiosas eram tão onerosas - distanciamento social, máscaras, comprovante de vacinação, etc. - que uma parte considerável dos Católicos praticantes não voltou para a Igreja.

Os poucos que retornaram não puderam arcar com as despesas financeiras para manter as igrejas com suas respectivas casas paroquiais e edifícios anexos. O resultado foi uma nova onda de fechamentos.

Isso é o que explica porque Cincinnati foi apresentada como um modelo para dioceses que ainda não entraram no processo de fechamento / fusão de igrejas e paróquias. É um modelo para essa nova fase, embora o processo já esteja em andamento há várias décadas.

Agora, uma pergunta final indispensável: foi esta erosão contínua da assistência à Missa apenas uma fatalidade acidental, uma consequência da influência de um mundo neopagão? Ou foi planejado de antemão?

Quando sabemos que muito antes do Concílio, importantes progressistas como o Pe. Joseph Ratzinger e o Card. Yves Congar já havia anunciado um plano para reduzir a Igreja Católica a uma pequena instituição, sem grandes igrejas e edifícios majestosos, formados por pequenos grupos se reunindo em casas ou salões alugados, nos perguntamos se o resultado desta crise conciliar não foi propositalmente promovido para destruir a Santa Madre Igreja.