Enquanto o espírito pagão da Renascença e o clima de dúvida assaltavam a Cristandade Ocidental no século 15, Deus deu à Igreja um grande milagreiro que curou os enfermos, ressuscitou os mortos, profetizou, andou sobre as águas e influenciou sete Papas e cinco Reis. Este homem foi São Francisco de Paula (1416-1507), que fundou uma ordem - os Franciscanos Mínimos - com cerca de 500 mosteiros.
São Francisco ressuscitou seis pessoas dos mortos, filho da Baronesa de Belmont, acima |
O ambicioso Papa Sisto IV sentou-se no trono papal, mas este monge Franciscano eremita - que viveu por vários anos em uma caverna praticando a mortificação - veio a exercer uma influência maior do que o Papa mundano.
Ele ficou tão famoso que o Rei Luís XI da França, sofrendo de uma enfermidade prolongada, implorou a Francisco que viajasse da Itália para curá-lo. São Francisco veio ao seu lado e o instruiu em resignação à vontade de Deus. Depois de preparar o Rei, São Francisco permaneceu com ele e o viu morrer com uma boa morte.
São Francisco de Paula também teve oportunidade de ajudar sua própria família, especificamente seu sobrinho, Nicolau d'Alesso, filho de sua irmã Brígida. Brígida não deu seu consentimento para que seu filho se tornasse monge, e o menino adoeceu e morreu.
Quando o corpo do jovem estava prestes a ser baixado para a sepultura no mosteiro de São Francisco, o fazedor de milagres de Paula deteve os coveiros e ordenou que o corpo fosse levado para seu quarto. Em seguida, ele implorou a Nosso Senhor para restaurar a vida de seu sobrinho. Naquela mesma noite, Nicolau voltou à vida, mas São Francisco não contou a ninguém sobre o milagre.
De manhã, Brígida foi à igreja do mosteiro para a Missa fúnebre de seu filho mais velho. Francisco se aproximou de sua irmã chorosa e perguntou: “Brígida, se seu filho voltasse à vida, você consentiria que ele se tornasse religioso?”
“Se o Céu assim o desejar,” respondeu ela, “será meu maior consolo.”
Francisco a deixou, foi para sua cela e voltou com Nicolau vestido de monge. Sua mãe, parentes e amigos que vieram tristes à igreja o saudaram com espanto e grande alegria.
Este e muitos outros milagres foram jurados por numerosas testemunhas, tanto perante o Bispo de Cosenza, e mais tarde em Roma durante as audiências canônicas em 1519.
A vida de São Francisco de Paula, fundador dos Eremitas de São Francisco de Assis (os Mínimos), está bem documentado e ele tem o crédito de ter ressuscitado pelo menos seis pessoas. Um, ele levantou duas vezes: Thomas d'Yre de Paterna foi primeiro esmagado por uma árvore e depois caiu de uma torre. Cada vez que São Francisco rezava e o devolvia à vida.
Certa vez, um operário de Paula, Domenico Sapio, foi esmagado por um enorme pinheiro. São Francisco rezou de joelhos ao lado do cadáver. Então, pondo-se de pé e erguendo os braços ao Céu, gritou: “Em nome de Deus, Domenico, levanta-te!” Domenico se levantou, sacudiu a poeira e, depois de agradecer a Francisco, voltou ao trabalho.
São Francisco e companheiro atravessam o estreito para Messina em seu manto |
Depois da famosa travessia de São Francisco de Paula em seu manto sobre o estreito de água da Itália à Sicília, ele chegou a um lugar chamado “Lago dos Enforcados,” onde criminosos condenados eram enforcados. Um corpo estava pendurado na forca havia três dias.
Com a ajuda de um irmão que o acompanhava, o santo tirou a corda do pescoço do cadáver e, com compaixão, pegou o morto em seus braços. Ele rezou a Deus, e o criminoso ressuscitado caiu de joelhos com uma efusão de agradecimento. Aquele enforcado tornou-se um de seus frades e viveu muitos mais anos a serviço de Deus como um monge.
Em Galeazzo, São Francisco também ressuscitou o filho morto do Barão de Belmonte.
Mais tarde, após a morte de Francisco, muitos milagres aconteceram por sua intercessão, incluindo a ressurreição de 2 de abril de 1613 do menino Ponger de quatro anos que se afogou em uma piscina em Amiens, França.
Postado em 10 de abril de 2021
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