Histórias e Lendas
São Ciro aparece para Carlos Magno
Algum tempo depois de sua coroação em 800 DC, o Sacro Imperador Romano-Alemão Carlos Magno reuniu seus Bispos para perguntar sobre um estranho sonho que ele teve. Ele desejava saber o significado, pois o sonho atormentava insistentemente sua grande mente.
Ele sonhou que durante uma caçada foi atacado por um feroz javali. Incapaz de resistir, ele rezou brevemente, mas intensamente por ajuda.
Em resposta, um menino, de não mais que dois ou três anos de idade, apareceu-lhe. A criança estava sem roupas, mas brilhava com uma luz celestial. O menino disse a Carlos Magno: “Se você me der algo para me vestir, sua vida será salva.”
Carlos Magno prontamente concordou em fazer isso. Depois disso, a criança montou no javali e colocou-o aos pés do Imperador, onde ele o matou facilmente.
Os Bispos ouviram num silêncio sóbrio e depois levantou-se Jerônimo, o Bispo de Nevers (de 795 a 815), que interpretou o sonho desta forma:
“A criança nua é o jovem São Ciro, martirizado em Tarso em 304 e protetor da minha pobre Catedral. As roupas que ele lhe pediu devem significar o dinheiro necessário para restaurar a Catedral e a Diocese.”
Esta antiga Catedral de Nevers existia desde a época dos mártires. No entanto, estava deteriorada e em muito mau estado porque, algum tempo antes, Pepino, o Breve, subjugou a cidade e os seus soldados devastaram aquela grande igreja.
Carlos Magno, o grande unificador da cristandade, aceitou a interpretação de Jerônimo e fez com que todos os tesouros roubados da Catedral fossem devolvidos a Nevers. Além disso, ele dotou-a de riquezas ainda maiores. A Catedral foi reconstruída e magnificamente adornada e tornou-se a residência do Bispo de Nevers.
Depois a Catedral, anteriormente sob a proteção dos Santos Gervásio e Protásio, foi – juntamente com toda a Diocese – rededicada ao menino-mártir São Ciro e à sua mãe Santa Julita. Ciríaco, ou Ciro, foi martirizado com sua mãe Julita, uma viúva romana, sob Diocleciano.
Seguindo o exemplo da mãe, o menino desafiou o prefeito e gritou: “Eu sou cristão.” O prefeito, que o segurava no colo e o acariciava para tentar conquistá-lo, ficou furioso. Ele jogou Ciro no chão duro, batendo a cabeça nos degraus do Tribunal. Então aquela valente mãe Julita, cheia de alegria, deu graças a Deus por seu filho ter ido antes dela para o Céu. Ela própria foi então esfolada, mergulhada em piche fervente e finalmente decapitada.
A bravura e o valor do menino mártir São Ciro fizeram dele um santo popular na Idade Média, não apenas na França, mas em toda a cristandade.
São Ciro com sua mãe Santa Julita
na Catedral de Nevers
Em resposta, um menino, de não mais que dois ou três anos de idade, apareceu-lhe. A criança estava sem roupas, mas brilhava com uma luz celestial. O menino disse a Carlos Magno: “Se você me der algo para me vestir, sua vida será salva.”
Carlos Magno prontamente concordou em fazer isso. Depois disso, a criança montou no javali e colocou-o aos pés do Imperador, onde ele o matou facilmente.
Os Bispos ouviram num silêncio sóbrio e depois levantou-se Jerônimo, o Bispo de Nevers (de 795 a 815), que interpretou o sonho desta forma:
“A criança nua é o jovem São Ciro, martirizado em Tarso em 304 e protetor da minha pobre Catedral. As roupas que ele lhe pediu devem significar o dinheiro necessário para restaurar a Catedral e a Diocese.”
Esta antiga Catedral de Nevers existia desde a época dos mártires. No entanto, estava deteriorada e em muito mau estado porque, algum tempo antes, Pepino, o Breve, subjugou a cidade e os seus soldados devastaram aquela grande igreja.
Carlos Magno, o grande unificador da cristandade, aceitou a interpretação de Jerônimo e fez com que todos os tesouros roubados da Catedral fossem devolvidos a Nevers. Além disso, ele dotou-a de riquezas ainda maiores. A Catedral foi reconstruída e magnificamente adornada e tornou-se a residência do Bispo de Nevers.
Depois a Catedral, anteriormente sob a proteção dos Santos Gervásio e Protásio, foi – juntamente com toda a Diocese – rededicada ao menino-mártir São Ciro e à sua mãe Santa Julita. Ciríaco, ou Ciro, foi martirizado com sua mãe Julita, uma viúva romana, sob Diocleciano.
Uma luz radiante brilha através dos vitrais da Catedral Gótica de Nevers
A bravura e o valor do menino mártir São Ciro fizeram dele um santo popular na Idade Média, não apenas na França, mas em toda a cristandade.
Carlos Magno mata o javali
trazido a ele por São Ciro, à direita
Adaptado de Sulpitius Severus, The Life of St Martin de Tours,
trad. por Alexander Roberts
Postado em 21 de outubro de 2023
trad. por Alexander Roberts
Postado em 21 de outubro de 2023